
Quisemos visitar o Domo, pela primeira vez, no Verão, mas tivemos falta de pontaria: estava fechado para férias – as pontuações que este pequeno estaminé tem alcançado, nos sites da especialidade, apontavam para algo de muito bom. Quase três meses depois, a coisa concretizou-se finalmente: marcámos uma hora de almoço, reservámos mesa e lá fomos conhecer o Domo, sito mesmo ao lado do parque de estacionamento da Trindade, em Fernandes Tomás.
Fui a primeira a chegar e fiquei agradavelmente surpreendida pelo modo como o espaço, ínfimo, foi sabiamente aproveitado e decorado, tornando-se numa espécie de reduto de conforto de onde avistamos a azáfama da rua. Todos os elementos parecem ter sido pensados tendo em vista um todo harmonioso, claramente alcançado. A equipa de produção de sushi é jovem (e toda masculina, como não é raro nestas andanças, embora já haja exceções) e, soubemo-lo depois, muito competente.
Há vários menus executivos de sushi (para além das ofertas da carta normal), que pretendem responder às preferências e ao bolso de cada comensal: eu e a JSS optámos pelo Tempura (12 peças e tempura de camarão, por 13€) e a RV pelo de 12 Peças, apenas (10,50€), mas para além destes há o de 16 Peças (14€) e o Temaki (16 peças e temaki de salmão, por 16€). Todos os menus incluem uma entrada, a escolher entre Sopa Miso e Dois Crepes de Legumes, bem como uma bebida (limonada, chá do dia, água ou copo de vinho): e lá veio o Miso para mim e para a RV, os Crepes para a JSS, a limonada para mim e para a JSS e uma água para a RV, que não gosta de limonada adoçada (e aquela estava-o, um pouquinho).
O serviço, feito por um senhor mais velho do que a equipa de confeção, era claramente amador e à primeira vista pouco amistoso, mas veio a revelar-se simpático, bem-humorado e relativamente rápido, o que só foi maculado pelo atraso das tempuras, que foram colocadas por engano noutra mesa, que não as havia encomendado (e a malta comeu e nada disse, pois está claro). De resto, as sopas vieram quase de imediato (e estavam ótimas), os crepes imediatamente depois (muito bons, disse a JSS) e, de seguida, os pratos de sushi, que tinham 4 quentes (fininhos, pelo que valeram por dois na contabilização das peças), dois nigiris (perfeitos), dois gunkans (sempre os meus preferidos, e aqui confirmou-se a qualidade), e uns rolinhos mais comuns, todos muito bons. A tempura, que acabou por ser comida simultaneamente, também estava belíssima: o polme crocante e as gambas grandes e carnudas, como deveriam ser sempre.
Ora uma vez que, até aqui, não havia senão elogios, não pudemos deixar de alinhar na ideia das sobremesas, cuja oferta é reduzida: havia gelado, mousse de Nutella (para que me inclinei primeiramente) e a tarte ou bolo do dia, que viemos a saber ser uma Delícia de Chocolate “que é uma delícia”, acrescentou o funcionário. Somos facilmente convencidas e lá vieram duas: uma para mim e outra para as minhas amigas dividirem entre si – e não nos arrependemos: estava em causa um bolos de chocolate baixinho e húmido , com pouca ou nenhuma farinha, perfeito para terminar o repasto.
Prescindimos dos cafés e acabámos por pagar valores díspares, de acordo com o que comemos: eu fui a mais taxada, porque sou uma glutona e adicionei ao valor do menu o da sobremesa (pagando 17,50€), mas a RV, que escolheu o menu mais barato e só comeu meia sobremesa, pagou apenas 12,75€, o que me parece fantástico para os bons apetites que nos foram proporcionados.
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