Casa Guedes | Carapaus de Comida

A Casa Guedes é daqueles estaminés em frente dos quais se pode passar uma vida inteira e nunca se ter vontade de lá entrar. Não tem o requinte nem as luzes que outros têm; é ensosso (ou insosso, como preferirem) por fora. Foi no exterior, em plena Praça dos Poveiros, que encontrámos os habitués DB, RC e BC, que se juntaram a nós para este repasto.

Se por fora, a Casa Guedes não impressiona, por dentro, a primeira impressão pode não ser também a melhor. O espaço é pequeno, poucas mesas e pequenas, um pequeno balcão onde os clientes se vão revezando e não há ali modernices. E é exactamente tudo isto, acrescentando talvez os mostradores com enchidos e outro ainda com queijos, que lhe conferem um carácter e carisma típico de tasco nortenho. E está-se ali muito bem, devo dizer.

Casa Guedes | As Sandes de Pernil
As Sandes de Pernil

Para abrir as hostilidades e dado o tempo fresco que se fazia sentir, decidimo-nos pela sopa de legumes, uns, e pelo caldo verde, outros, estando ambas muito saborosas. Aquando da sugestão do estaminé, haviam-nos sido recomendadas as sandes de pernil e foi por aí que continuámos o repasto, nas suas duas variantes: com e sem queijo. A carne, de porco, era suculenta e desfazia-se na boca. O pão, tostado, com pouco miolo (não sabemos se retirado propositadamente), era o complemento perfeito. O queijo, da serra, dava-lhe alguma cremosidade. A esmagadora maioria escolheu o fino como bebida de eleição e apenas a DB se decidiu por um refrigerante.

As primeiras sandes estavam tão boas que não demorámos a pedir a segunda rodada. Para “desenjoar” pedimos logo de seguida uma tábua de queijos e enchidos, todos de excelente qualidade e com uma apresentação que não seria de esperar num estaminé inserido na categoria de tasco. Inesperada também foi a explicação que nos foi dada relativamente ao corte de um dos queijos e a um dos enchidos, de produção nacional, que, por sinal, havia ganhado uma medalha de prata num concurso internacional. O conhecimento daquilo que se serve, por parte de quem serve, não é comum, muitas vezes nem em restaurantes com outro requinte.

Veio também para a mesa meia dose de tranches de vitela, prato daquele dia, que não deslumbrou mas também não desiludiu e reforçou a ideia de que tudo ali é caseiro. Antes de passarmos às sobremesas, alguns de nós pediram ainda uma terceira sandocha de pernil para não ficarmos com muitas saudades, assim que saíssemos.

Casa Guedes | A Mousse de Chocolate
A Mousse de Chocolate

Passando então às sobremesas, quem ainda tinha lugar para elas, decidiu-se pela mousse de chocolate, também ela caseira. Decidi descrevê-la como “manteiga com sabor a chocolate”, dado que era fortíssimo o sabor àquele produto lácteo.

Seguiram-se os cafés e a conta, com um total de 87€ que não foi dividido irmãmente, dado que alguns comensais comeram substancialmente mais que outros. Podem ver os detalhes na fotografia da conta, na galeria abaixo.

Em jeito de conclusão, a Casa Guedes impressiona pela qualidade dos produtos que serve e é o local ideal para quem quer uma refeição rápida e com muitíssima qualidade. Não é de todo aconselhável a grupos maiores do que cinco pessoas. O serviço é rápido e afável. O estacionamento poderá não ser fácil naquela zona, nomeadamente em dias de espectáculo no Coliseu, embora haja sempre a opção do parque automóvel da Praça dos Poveiros, cuja entrada é exactamente em frente à Casa Guedes.

Obrigado por este bocadinho.

Abreijos para todos.

Casa Guedes

Morada: Praça dos Poveiros 130, Porto
Telefone: 222 002 874
Horário: Seg a Sáb – 08h00 às 22h30
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