Quisemos visitar o Domo, pela primeira vez, no Verão, mas tivemos falta de pontaria: estava fechado para férias – as pontuações que este pequeno estaminé tem alcançado, nos sites da especialidade, apontavam para algo de muito bom. Quase três meses depois, a coisa concretizou-se finalmente: marcámos uma hora de almoço, reservámos mesa e lá fomos conhecer o Domo, sito mesmo ao lado do parque de estacionamento da Trindade, em Fernandes Tomás.
Fui a primeira a chegar e fiquei agradavelmente surpreendida pelo modo como o espaço, ínfimo, foi sabiamente aproveitado e decorado, tornando-se numa espécie de reduto de conforto de onde avistamos a azáfama da rua. Todos os elementos parecem ter sido pensados tendo em vista um todo harmonioso, claramente alcançado. A equipa de produção de sushi é jovem (e toda masculina, como não é raro nestas andanças, embora já haja exceções) e, soubemo-lo depois, muito competente.
Há vários menus executivos de sushi (para além das ofertas da carta normal), que pretendem responder às preferências e ao bolso de cada comensal: eu e a JSS optámos pelo Tempura (12 peças e tempura de camarão, por 13€) e a RV pelo de 12 Peças, apenas (10,50€), mas para além destes há o de 16 Peças (14€) e o Temaki (16 peças e temaki de salmão, por 16€). Todos os menus incluem uma entrada, a escolher entre Sopa Miso e Dois Crepes de Legumes, bem como uma bebida (limonada, chá do dia, água ou copo de vinho): e lá veio o Miso para mim e para a RV, os Crepes para a JSS, a limonada para mim e para a JSS e uma água para a RV, que não gosta de limonada adoçada (e aquela estava-o, um pouquinho).
O serviço, feito por um senhor mais velho do que a equipa de confeção, era claramente amador e à primeira vista pouco amistoso, mas veio a revelar-se simpático, bem-humorado e relativamente rápido, o que só foi maculado pelo atraso das tempuras, que foram colocadas por engano noutra mesa, que não as havia encomendado (e a malta comeu e nada disse, pois está claro). De resto, as sopas vieram quase de imediato (e estavam ótimas), os crepes imediatamente depois (muito bons, disse a JSS) e, de seguida, os pratos de sushi, que tinham 4 quentes (fininhos, pelo que valeram por dois na contabilização das peças), dois nigiris (perfeitos), dois gunkans (sempre os meus preferidos, e aqui confirmou-se a qualidade), e uns rolinhos mais comuns, todos muito bons. A tempura, que acabou por ser comida simultaneamente, também estava belíssima: o polme crocante e as gambas grandes e carnudas, como deveriam ser sempre.
Ora uma vez que, até aqui, não havia senão elogios, não pudemos deixar de alinhar na ideia das sobremesas, cuja oferta é reduzida: havia gelado, mousse de Nutella (para que me inclinei primeiramente) e a tarte ou bolo do dia, que viemos a saber ser uma Delícia de Chocolate “que é uma delícia”, acrescentou o funcionário. Somos facilmente convencidas e lá vieram duas: uma para mim e outra para as minhas amigas dividirem entre si – e não nos arrependemos: estava em causa um bolos de chocolate baixinho e húmido , com pouca ou nenhuma farinha, perfeito para terminar o repasto.
Prescindimos dos cafés e acabámos por pagar valores díspares, de acordo com o que comemos: eu fui a mais taxada, porque sou uma glutona e adicionei ao valor do menu o da sobremesa (pagando 17,50€), mas a RV, que escolheu o menu mais barato e só comeu meia sobremesa, pagou apenas 12,75€, o que me parece fantástico para os bons apetites que nos foram proporcionados.
Domo | Sushi | Porto
4.4 / 5Carapaus
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Positivos
O sushi
a tempura
Resumo
Sushi de muita qualidade, com um menu de almoço a bom preço, num espaço muitíssimo bem recuperado.
Quem me falou deste espaço foi a RP, que já conhecia o Sushisan de Lisboa e acabou por o visitar algumas vezes, já por cá: segundo ela, teria um rodízio com boa relação qualidade/preço, pelo que, mal acertámos agendas, lá fomos.
Começo por dizer que fiquei agradavelmente agradada com a localização, entre Oliveira Monteiro e a Rua da Boavista: ainda que pagando parquímetro, tive estacionamento à porta, com toda a facilidade – e quem mora no Porto sabe que isto vem sendo, cada vez mais, uma raridade, sobretudo no centro. Escolhemos ir ao almoço, não apenas por uma questão de conveniência, mas sobretudo porque o rodízio é 4€ mais barato do que ao jantar, o que nunca é de somenos.
O espaço é agradável e luminoso, beneficiando das janelas/montra, junto das quais escolhermos sentar-nos: mesmo num dia de chuva (e não era, de todo o caso) deve ser simpático comer ali. Há muitas mesas de 2 e 4 pessoas, mas rapidamente se constrói uma para uma dúzia de convivas, se for necessário: almoçou mesmo ao nosso lado um grupo grande e tudo correu sobre rodas.
Uma vez sentadas, fomos informadas de que o rodízio inclui uma sopa miso, uma entrada quente e um primeiro prato, com 20 peças de sushi e sashimi por pessoa. Depois, poderíamos pedir as repetições que nos aprouvesse, sendo que jamais podemos escolher as peças – tudo perfeitamente normal, para este tipo de oferta.
Vieram as sopas, saborosas e quentinhas e, logo de seguida um prato com umas peças de sushi quente – que não adorei e que considero serem a parte mais fraca deste almoço (não estavam más, repare-se, mas eram absolutamente banais). O prato maior, com as quarenta peças prometidas, veio depois (não houve tempos mortos, aqui) e estava francamente bonito: havia nigiris de salmão francamente bons, sashimi de atum, peixe branco e salmão (tudo a saber a fresco), uns gunkan de salmão muito saborosos e uns rolinhos com peixe branco braseado bastante originais. Numas colheres de loiça, vinham uns ceviches que me souberam pela vida. Nota menos boa, só mesmo para as peças com ananás, que tem um sabor demasiado avassalador e anula todos os outros, e para o uso de molhos de maionese, perfeitamente dispensáveis, mas condizentes com a promessa de “fusão e sabores inesperados” – o problema é que nem sempre as surpresas são agradáveis, para uma chatinha como eu, que gosta de peixe, arroz e nada de frutas e esquisitices, no sushi.
Pedimos uma única repetição e lá veio mais um prato com doze peças, de três tipos: um era um enrolado tipo califórnia, mas vermelhusco – o melhor dos três; dos outros dois não gostei, um porque vinha coberto de maionese (para quê, senhores? Para quê?), o outro porque vinha encimado com um molho branco e doce de maracujá, a remeter visualmente para os ovinhos de codorniz habitualmente usados na gastronomia japonesa praticada em Portugal.
Ou seja, a qualidade não é de todo homogénea, mas eu sou uma esquisitóide, para quem o sushi de fusão é uma aberração desnecessária: condescendo nos quentes (embora não sejam os de que mais gosto) mas não alinho nas frutinhas e muito menos nos doces e molhos. Para quem gosta destes cruzamentos, terá certamente uma experiência mais positiva.
Nota muito positiva para a carta de sobremesas e para a única que provámos : a RP estava a recuperar de uma maleita e sem muito apetite, pelo que acabámos por dividir um Tentasan, composto de mousse de chocolate, mascarpone, gelado de sésamo e amêndoas caramelizadas que nos soube pela vida. O simpático funcionário que nos aconselhou indicou-nos, ainda, o Haromaki San, que me ficou na retina pata uma próxima vez.
Acabámos por pagar cerca de 22€ cada uma, porque as quatro coca-colas que bebemos, os cafés e a sobremesa são pagos à parte – e é justamente por essas coisas que estes negócios dos buffet/rodízio são lucrativos. Obviamente que também há serviço à lista, para quem prefere escolher cada uma das peças e não ter surpresas – será mais caro, com certeza.
Não tendo rejubilado em absoluto com o Sushisan, por não apreciar o sushi de fusão, compreendo que o problema é meu (porque eles são claríssimos quanto à sua oferta) e não deixo de o recomendar vivamente, a quem gosta do género, não só porque a qualidade dos ingredientes é indesmentível, mas também pela simpatia do serviço e conveniência da localização.
Sushisan | Porto
4.1 / 5Carapaus
{{ reviewsOverall }} / 5Cardume(0 votos)
Positivos
O serviço
A sobremesa
Negativos
As peças com ananás e com maionese
Resumo
Fora da confusão do centro, o Sushisan oferece um rodízio de sushi de qualidade média, com um serviço simpático e boas sobremesas.
Sabem aquela sensação raríssima de irem a um restaurante onde gostam mesmo de tudo – e até aquilo que, noutros sítios, seria potencial falha a assinalar, passa a ser só uma caraterística? Ora pronto, hoje temos uma posta dessas, para gáudio de quem acha que eu normalmente sou uma chata e uma picuinhas e tenho sempre coisas a apontar – e tenho, mas neste caso são mesmo muito boas.
O Michizaki é uma tasca japonesa, em Braga (ali pretinha da Sé) – e se há gastronomia que me encanta é a nipónica que, obviamente, inclui o sushi e o sashimi, mas não só não se resume (de todo) a estes como, quando os serve, não vai cá em frutinhas nem queijos-creme, nem frituras (embora possa condescender quanto a esta última caraterística). Foi no Shiko que descobri as muitas maravilhas destes sabores e o Michizaki provou-me que pode deixar-me igualmente encantada.
Éramos quatro e marcámos mesa para as 20h – de resto, é algo que aconselho vivamente, porque as mesas estiveram sempre cheias, durante todo o serão. O espaço, sendo pequeno e muito simples, sem aqueles imensos laivos de criatividade decorativa que, hodiernamente, parecem ser requisito essencial para qualquer estaminé (e que eu acho, as mais das vezes, demasiado forçados), é aconchegante e simpático, beneficia das janelas grandes para a rua, tem um balcão onde nos podemos sentar a ver os chefs/sushimen a fazer magia e tem mesas que albergarão umas 20 a 30 pessoas (não contei, estou a tentar não errar muito no cálculo), pelo que não estão longe umas das outras – e, curiosamente, o ambiente é tranquilo, não ouvimos as conversas do lado e o conforto é a nota principal.
Antes de avançar, um destaque para o serviço, que foi exemplar desde o primeiro minuto. Eu sou uma cliente chatinha, das que querem saber coisas (ingredientes, histórias, sei lá) e nunca compreendo por que diabo se considera, ainda, neste país, que qualquer pessoa com bracinhos e perninhas pode servir à mesa – porque não pode. Ou não deveria. Um empregado de mesa tem de ser formado no sentido de saber explicar aos clientes o que estão a comer: como se chama, de que modo é feito, qual a sua história – eu como com muito prazer e gosto muito de conhecer (também) o que como. E aqui, no Michizaki, tudo é explicado como se não percebêssemos nada do assunto – mesmo porque a verdade é que não percebemos.
Assim, soubemos que há uma ementa para cada estação do ano, toda ela com cerca de duas dezenas de pratinhos em formato de petisco (mais sushi e sashimi, em variações diversas), já que a filosofia é a da partilha – e foram-nos aconselhados cerca de 4 itens por pessoa. Absolutamente avassaladas pela carta, aceitámos imediatamente a ideia de nos ser servido o que o Chef bem entendesse – e, nesse caso, só temos de dar conta de algum tipo de intolerância alimentar (ou preferência), para que não haja surpresas. Como eu e a MBC somos de boa boca e a AC e a SF só intoleram coentros (que ali não se usam), foi só dar início ao festim, que não demorou um par de minutos a ser encetado.
Juro que, nesta altura, tinha intenção de apontar o que comíamos, por ordem cronológica, mas depois percebi que tal só me traria dissabores, porque acabaria por perder tempo quando havia ali tanto para desfrutar e, concomitantemente, ninguém quer ler tanto detalhe. Por isso, permitam-me que resuma: começámos com Nigiri de Barbatana de Pregado (nesta altura ainda estava a apontar, bem entendido), que teve duplo (bom) sabor, porque não só foi uma oferta da casa como se tratou do melhor nigiri que alguma vez me foi dado a provar: o arroz é perfeito, com o toque avinagrado certo, e a conjugação de sabores não poderia ser melhor (palmas para o peixe, tão fresco que só lhe faltava estar vivo). Logo depois, aquela que foi, consensualmente, a estrela da noite: os Onigiri são uma espécie de bolinhos de arroz triangulares, recheados com camarão grelhado e maionese japonesa (bem picantes, como se quer) e envoltos numa alga, que permite que comamos tudo à mão – garanto-vos que isto é iguaria dos deuses. Depois, foi um desfilar de 14 pratos (pelas minhas contas) que só mereceram revirares de olhos (que constituem os melhores elogios, quando se está de boca cheia) e uns breves segundos de trocas de impressões entusiásticas, até que nos trouxessem a próxima iguaria – e também nisso o Michizaki é exemplar, porque não houve, jamais, tempos de espera. O sashimi e o sushi servidos também foram do melhor que já comi, os ShitakeBatayaki (cogumelos shitake salteados em manteiga e molho de soja) são tão bonitos que até custa comer e, quando se desgustam, são tão bons que apetece bater palmas, como nos concertos – e tudo o mais que nos foi trazido encantou plenamente (incluindo a Sangria de Saké, de que bebemos duas jarras e que nos soube pela vida).
Juro que poderia estar para aqui mais não sei quanto tempo a relatar o bem que tudo nos soube – mas não quero ser mete-nojo, pelo que me resta sugerir que vão ao Michizaki, ó amantes da boa gastronomia japonesa. Não sairíamos sem provar as sobremesas e optámos por duas, que dividimos: a Tempura de Gelado (rolo de gelado de nata em capa de cereais e calda de chocolate) não só é belíssima, encimada por uma grade de caramelo solidificado, como foi a que melhor me soube; o Anmitsu (doce de feijão azuki, gelado de chá verde, frutas da época, gelatina kanten e calda de açúcar mascavado) é coisa mais saudável e, naturalmente, não me caiu tanto no goto, mas reconheço-lhe a categoria.
Nesta altura, apesar de me apetecer ficar ali a morar para sempre, era já tempo de pedir os cafés – e até aqui o serviço se manifestou exemplar: porque demoraram mais do que o normal a trazê-los, ofereceram-nos. E isto é um gesto de cortesia infelizmente raro, mas que vale tudo, sempre. De resto, tenho de aplaudir esta equipa, que é quase uma família, pelos laços de amizade e parentesco que os unem: ao contrário provavelmente da maioria, eu acho que trabalhar com amigos e familiares pode ser péssimo – e aqui mostram-nos que não e que a competência é contagiosa.
Um único reparo: gostaria que todos os petiscos fossem pensados para serem servidos em número exato (ou múltiplos) dos convivas que estão na mesa, para não surgir aquela situação confrangedora de sobrar uma ou duas peças e estar tudo encavacado, a ver quem se atira a ela – não foi o nosso caso, porque nos conhecemos bem, mas poderia ser.
De resto, 32€ por tão bons apetites pareceu-me preço absolutamente justo – e só penso em voltar, para a ementa de Outono. (Nota: ao almoço, o Michizaki disponibiliza as chamadas Bento Boxes, em três versões: a vegetariana, a de carne e a de sushi, sendo que todas incluem sopa miso, e água ou chá.)
Michizaki | Braga
5 / 5Carapaus
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Positivos
Todos os petiscos
O serviço
A sangria de saké
Negativos
Os pedaços, em cada petisco, não serem múltiplos de 4
Resumo
A gastronomia japonesa está longe de se cingir ao sushi (muito menos o de fusão) e o Michizaki é excelente embaixador dos sabores nipónicos: vale a pena ir a Braga, só para conhecer este estaminé.
O convite partiu do turismo de Matosinhos que, em parceria com a Zomato, resolveram reunir algumas das pessoas que gostam destas coisas dos comes&bebes, de modo a dar-nos a conhecer a segunda edição do Rally Fish, uma rota gastronómica em tudo semelhante à das tapas, que acontece duas vezes por ano no Porto (espreitem aqui uma das nossas experiências) e em Lisboa, mas com algumas particularidades que a distinguem. Desde logo, acontece no concelho de Matosinhos, entre o centro da cidade, Leça da Palmeira e (é uma novidade, este ano) Angeiras; depois, a entrada/tapa tem obrigatoriamente de conter peixe ou outro bicho do mar (exceção feita para as opções vegetarianas, que também são uma novidade interessante); finalmente, o que se come é acompanhado com vinho – que é escolhido por cada estaminé. Tratava-se, então de conhecer cinco dos 43 estaminés aderentes, pelo que marcámos encontro para as 19h, que estas coisas são sempre mais demoradas (e divertidas) do que um jantar tradicional.
Tivemos muita sorte: o fim de tarde estava ótimo e solarengo, apesar de ventoso, e facilmente nos deslocámos da Loja de Turismo Interativa (que fica ali em cima do areal, na praia do Titã) ao primeiro destino, o restaurante O Valentim (de que falámos aqui), que agora compreende também um hotel e um magnífico piso superior com terraço, de onde se avista o novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões e o mar. A entrada que nos aguardava era Petinga de Escabeche, servida com pão de mistura e um vinho verde branco: obviamente, devorámos cada pedacinho com apetite, mesmo porque o molho de azeite e os pimentos eram um convite ao mergulho do pão – tarefa a que procedemos sem pudor.
O próximo estaminé requereu uma pequena viagem de carro (felizmente, o João e a Joana já haviam preparado tudo e deixado os carros ali mesmo em frente): o Los Ibéricos fica junto ao Forte de Leça da Palmeira (quase coladinho ao Batô) e é, como o nome deixa adivinhar, um restaurante de tapas de inspiração espanhola (mas não só). Antes de tudo o mais, fiquei muito agradada com o espaço, que é de muito bom gosto, espaçoso e de pé direito alto, com madeiras bonitas – mas o melhor estava ainda para vir: adianto já que este foi a chafarica que mais me encantou e não será difícil perceber porquê. Os responsáveis pelo Los Ibéricos tiveram a inteligência de perceber que, porque estava ali gente ligada à publicação gastronómica, seria interessante darem-nos a conhecer mais do que têm para oferecer; e tiveram a elegância de o fazer formidavelmente. Assim, antes mesmo de nos trazerem a entrada do Rally Fish, serviram-nos umas tábuas de presunto (macio e saboroso) e queijo (delicioso), que fomos trincando com o pão fatiado (muito bom) que já nos esperava. Depois, veio a entrada programada, Gambas em Tempura com Maionese de Alho – que estavam boas (sobretudo a maionese) mas não foram de todo o que mais me encantou, mesmo porque a “tempura” era mais um polme de panado; não me interpretem mal, era coisa muito boa, mas comi melhor, ali mesmo. Veio um camembert panado com molho de frutos vermelhos que estava uma delícia, umas gambas al ajillo de chorar por mais, uns huevos rotos com presunto que nunca falham, uns montadinhos de lombinho de porco preto, ovo e piquillo (que mereciam uma ovação), uma travessa de legumes na prancha (espargos, curgete, tomate e cogumelo – tudo delicioso e um belo apontamento verde) e, a cereja em cima do bolo, uns mexilhões gratinados acabadinhos de sair do forno que me fizeram dar razão ao funcionário que nos disse: “menina, o Universo existe para que esta entrada possa ser servida” – subscrevo inteiramente. Foi uma estada ótima, esta no Los Ibéricos (tal como tivemos oportunidade de dizer ao Chef que, simpaticamente, veio cumprimentar-nos) e, por mim, já não saía dali – mas havia ainda mais três estaminés para experimentar e o dever chamava-nos.
A paragem seguinte foi o Sushi no Mercado (para onde nos dirigimos, obviamente, de carro), um espaço pequenino, mas muito bem decorado e interessante, por se situar justamente no Mercado de Matosinhos, onde ainda se vende tudo aquilo a que temos direito e sítio privilegiado para os restaurantes circundantes fazerem as suas compras fresquíssimas. Ali o petisco era dois Temaris, bolas de arroz com peixe do dia (no caso, salmão e atum) – o que permite, justamente, ir alterando o bicho de acordo com o que houver de melhor para servir. Gostei do que comi, embora não me tenha marcado pela originalidade ou sequer pelo sabor (mesmo porque não serviram wasabi); fiquei com alguma vontade de voltar, mais porque gostaria de experimentar o sushi “a metro”, que vi noutra mesa.
Nesta altura, e sobretudo por culpa do Los Ibéricos, já estávamos bastante cheios, mas ainda nos restavam dois estaminés para conhecer, sendo o próximo o Restaurante/Marisqueira Serpa Pinto, onde a simpatia é cartão de visita: sendo uma das bloggers do nosso grupo alemã, e tendo anteriormente manifestado curiosidade face a essa coisa estranha que é o percebe, foi com toda a disponibilidade que se prontificaram para lhe dar a provar (e ensinar a comer) a iguaria – e eu continuo a achar que as pessoas também são importantíssimas nos restaurantes. Aqui, o petisco era Recheio de Sapateira com Tostas, sendo que preferimos os finos, a acompanhar – e gostámos bastante do sabor e consistência do “patê”, sendo que eu preferiria ter ficado por aqui. Infelizmente, a simpatia acabou por se revelar contraproducente: quiseram trazer-nos o prato do Rally Fish do ano passado, uma espécie de massa filo com recheio indefinido e molho agridoce – e a impressão foi francamente má. A nota positiva é que, de facto, houve uma melhoria significativa na oferta, de um ano para o outro, porque o recheio de sapateira merece em absoluto a visita (sobretudo pelos 3€ que custa, com o copo de vinho).
Faltava-nos o último restaurante e a escolha recaiu no Dish – Sushi and Fish, ali na Heróis de França. Antes de mais nada, surpreendeu-me o espaço: o chão é magnífico e os apontamentos decorativos de muito bom gosto, o que nunca é despiciendo. O staff recebeu-nos já muito junto à hora de encerrar a cozinha – mas, ainda assim, com toda a boa vontade e simpatia. Éramos os únicos no restaurante e, ainda que estivéssemos já mais do que satisfeitos, ninguém quis deixar de provar a Ceviche à Dish, com peixe branco, abacate, puré de batata doce e coentros, que estava simplesmente deliciosa – e leve, que era justamente o que precisávamos. Adicionalmente, a simpática sushi woman Joana (como é bom ver uma mulher numa função tradicional e maioritariamente masculina!) serviu-nos uns nigiris de atum, com um acompanhamento de algas e flores comestíveis que estavam irrepreensíveis de bons. Para finalizar, ainda fomos conhecer a esplanada do terraço, que será em breve remodelada, e que me pareceu apetecível num fim de tarde estival.
Em suma? Olhem, só tenho de agradecer à Joana, à Graça e ao João, do Turismo de Matosinhos, pelo convite e pela companhia: não foi só um serão bem passado, que me permitiu escrever esta posta de dois metros; foi a sensação de estar a jantar entre amigos, com pessoas que acabara de conhecer – e isso é um privilégio.
Quanto ao Rally Fish, creio que é mais uma ótima forma de conhecer alguns dos milhentos restaurantes de qualidade que Matosinhos tem para oferecer: é só reunir um grupo de amigos (ou não, que há quem adore degustar sozinho), olhar para o mapa que a organização oferece, escolher de acordo com um qualquer critério (espacial ou gastronómico, por exemplo) e preparar-se para ser feliz, nuns minutos ou horas de bons apetites.
Rally Fish Rota Gastronómica | Matosinhos
0 / 5Carapaus
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Positivos
A possibilidade de conhecer restaurantes a preço baixo
A ideia de petiscar
Negativos
As distâncias entre alguns restaurantes
Resumo
O conceito não é novo mas está sempre atual: quando uma autarquia desafia os seus restaurantes para criarem um petisco que sirva como cartão de visita e para o servirem a 3€, juntamente com um copo de vinho, ganhamos todos.
Há muito que tínhamos esta jantarada combinada: um dos nossos jantares mensais haveria de ser no Romando Sushi Caffé, onde tanto a MC como a SC vão amiúde, mas eu e a AC nem por isso – e reuniram-se as condições para que fosse o de fevereiro (já quase março, na realidade). Plantado à beira da marina, num edifício em forma de cubo-aquário e sem grande beleza, goza, no entanto, de uma vista privilegiada que as enormes janelas deixam vislumbrar. Imagino que de dia, ou numa noite iluminada de Verão, o espetáculo seja deslumbrante.
Confesso que a primeira impressão não me deslumbrou de todo: a entrada é feita por uma rampa que termina abruptamente à porta, sem corrimão nem qualquer proteção que impeça as consequências de um desequilíbrio, uma distração ou uma criança menos atenta; depois, a porta é alta, em vidro e de correr – e a pessoa, que não é propriamente uma franganota sem força, estava a ter sérias dificuldades em abrir a coisa, sem aquilo sair das calhas. Quando consegui que se abrisse o suficiente para poder passar a cabeça pelo espaço, perguntei aos três funcionários que estavam a um metro, a confraternizar (de tal modo que achei que poderia estar a invadir uma zona exclusiva dos funcionários) se era por ali a entrada. Que sim, disseram, não tardando em continuar a conversa, deixando-me na minha luta – foi pouco profissional e deselegante, para dizer o mínimo.
Mas adiante: marcámos a coisa com uma semana de antecedência e tivemos sorte de arranjar mesa para quatro, porque o Romando é bicho concorrido e pouco depois das 20h já estava absolutamente lotado; curiosamente, ainda há tempo para uma segunda ronda: entre as 21h00 e as 22h30 não pararam de chegar gentes para ocupar que as mesas que, entretanto, haviam vagado.
O pedido foi feito pela MBC, que conhece a ementa de trás para a frente, coadjuvada pela SC, que vai pelo mesmo caminho; viria a Tempura de Camarão e Amêndoa com Molho Agridoce para entrada e, depois, dois combinados: um de 50 peças de sushi e sashimi (Special Marina) e outro de 22 peças de sushi (Combinado Romando). Para beber, escolhemos a Sangria de Saké para todas e uma Coca-Cola Zero para a AC, que só provaria a sangria.
Fiquei agradavelmente surpreendida com o tempo de serviço da entrada e da sangria: foi rapidíssimo e a tempura de camarão chegou, saborosa, crocante e acabadinha de fritar. Infelizmente, eram 5 peças, sendo nós quatro pessoas – e eu entendo que haja uma predefinição das doses, mas os restaurantes deveriam ter a flexibilidade de ajustar a norma às circunstâncias, mesmo porque nem todas as pessoas sentadas a uma mesma mesa podem não fazer cerimónia em situações similares. No nosso caso, foi fácil: o quinto camarão foi para a enfardadeira de serviço, esta vossa criada.
Já o sushi demorou o que pareceu uma eternidade a ser servido: esperámos mais de meia hora (cerca de 40 minutos, para ser rigorosa) pelas 50 peças e mais uns minutos pelas 22, que eram uma versão diminuída das 50, mas sem sashimi – no sentido em que as peças se repetiam. Cumpre-me dizer que, no caso do combinado de 50 peças, as de sushi estavam em grupos de 4, o que é simpático, mas fortuito, isto é: é assim e nada teve que ver com o número de pessoas sentadas à mesa.
Devo dizer que o sashimi (robalo, atum, barriga de salmão e um peixe típico japonês do qual não apanhei o nome) estava soberbo, do melhor que já me foi dado a provar: as peças estavam bem cortadas, eram de tamanho generoso e a frescura e qualidade do peixe era de aplaudir. Também o sushi era muitíssimo bom: pouco arroz e muito peixe, nada de frutinhas e parvoíces que tais, só uns quentes que não só não ofendiam como estavam especialmente bem conseguidos – e algumas peças de exceção, como os nigiris de robalo e outras com ovo de codorniz. De todo o modo, não havia uma única peça de que pudéssemos dizer que era menos boa, até os makis foram aplaudidos.
Em contraste com a imensa qualidade da comida, esteve infelizmente o serviço, que não está de todo à altura do resto (muito menos da conta): demorado, atabalhoado (foi preciso pedir uma coca-cola três vezes para que ela viesse para a mesa), trapalhão (houve um par de vezes em que não perceberam o que pedíamos e trouxeram coisas tontas), pouco naturalmente simpático. Primeiramente, até nos serviam a sangria, de cada vez que um copo precisava de ser cheio; depois, servíamos nós, certamente para não nos habituarmos mal.
Passando às sobremesas, optámos por pedir quatro coisas diferentes, para podermos provar o máximo de sabores possível: veio um Red Velvet Cheesecake para a AC, uma Torta de Laranja Húmida com Mousse de Iogurte Grego para a MBC, um Tiramisú de Chocolate e Framboesas para a SF e um Fondant de Caramelo com Bola de Gelado de Gengibre (este feito na hora, pelo que demorou cerca de 15 minutos, o que nos foi dado a conhecer pela funcionária) para mim. E, caríssimo Cardume, se batemos barbatanas ao resto, as sobremesas em nada desmereceram a fama que têm: que coisas tão boas, caramba. Confesso que o meu preferido foi o Cheesecake, que é assim uma coisa de sonho – mas tudo o mais tem a mesma qualidade, dependerá apenas das preferências de cada um.
No final, uma conta redonda: 40€, nem mais nem menos, o que corresponde inteiramente à imensa qualidade de tudo quanto comemos; só o serviço precisa de melhorar para que possamos chamar ao Romando um estaminé de referência, sem hesitações.
Romando Sushi Caffé | Vila do Conde
4 / 5Carapaus
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Positivos
O sushi
As sobremesas
A localização
Negativos
A entrada
O serviço
Resumo
O Romando Sushi Café, irmão mais novo do Romando e do Romando Privé, faz valer a viagem a Vila do Conde: o sushi e o sashimi são de primeira qualidade, a localização (na Marina) é muito agradável e as sobremesas são um sonho.
Temos de começar por confessar que marcámos o Kai Kou com uma ou duas semanas de antecedência (esta vossa criada é um nadinha maníaca do controlo, vá), armados em competentes, e “só” falhámos em duas coisinhas menores: em primeiro lugar, não era ao Kai Kou que queríamos ir, mas baralhámo-nos todos e achámos que sim (o que tem como consequência a necessidade de irmos, em breve, ao outro sítio onde queríamos ir, antes de mais); em segundo lugar, aqui a menina achou que festival de sushi e rodízio de sushi eram uma e a mesma coisa, pelo que tratou de reservar cinco festivais, quando na verdade o que se pretendia era cinco rodízios.
E isto é grave, perguntam bosselências? Olhem, acabou por não ser. Desde logo porque foi mais um sítio que conhecemos, sendo que já ali passáramos bastas vezes sem qualquer intenção de parar. Depois, porque o festival de sushi, composto por duas entradas e 22 peças (por estômago), à escolha do chefe, acabou por ser suficiente. Claro que, se tivéssemos optado pelo rodízio, as peças continuariam a vir e nós continuaríamos a comê-las, como boas enfardadeiras que somos, mesmo porque a diferença de preços (16,90€ o festival, 19,90€ o rodízio) justificá-lo-ia plenamente. Mas assim ficámos satisfeitos (embora um nadinha contrariados, quando demos pelo erro) e, por uma vez, não saímos a rebolar violentamente porta fora.
Mas voltemos um nadinha atrás: marcado que estava o repasto para uma véspera de feriado, não deixámos de comparecer cedinho, às 20h00. Ainda assim, não é de todo fácil arranjar lugar para o carro ali no jardim do Carregal (e imediações), pelo que acabei por deixar o meu no parque pago ali a dois passos, o que me custou uns ultrajantes 5,60€ por pouco mais de três horas. A RV e o DQ deixaram o deles um bocado mais longe (junto a Cedofeita) mas em lugar gratuito e o AG e a JS também tiveram de pagar – e essa é uma das contrariedades da ida ao Kai Kou.
O espaço em si, não sendo horrível, também não me cativou de todo: apesar de ter uma área com mesas baixinhas e almofadas, com vista para o jardim, basta que fiquemos de costas para ela (como eu fiquei) para que nos sintamos num snack-bar algo frio e descaracterizado. A ajudar à festa, a música, que estava demasiado alta (e era de qualidade duvidosa, ao menos para o meu sentido de gosto); ainda assim, o volume foi prontamente (que não suficientemente, devo acrescentar) diminuído, a nosso pedido. Também nos mudaram a mesa, que era excessivamente comprida, o que foi muito simpático.
Uma vez sentados, limitámos-nos a escolher o vinho (um maduro branco do Douro, de que bebemos duas garrafas) e esperar pelo que havia de vir. E vieram entradas quentes: uns crepes de legumes bastante simpáticos e gyosas muito originais, porque a massa, em vez de cozida e mole, vinha estaladiça e frita – algo que me agradou bastante. Depois, do naipe de peças de sushi e sashimi que nos foi servido, tenho de salientar duas coisas: por um lado, os gunkan com ovo de codorniz, que nos foi apresentado como sendo um dos ex libris da casa e, na realidade, merece o epíteto (a combinação é maravilhosa); por outro, o famosérrimo (no Kai Kou) salmão selvagem do Alasca, que (segundo nos foi dito) só é servido ali, na região do Porto. Ora a experiência de saborear este salmão e, ao lado, o salmão a que nos habituámos, é de nos deixar boquiabertos, pela diferença de sabores (e cheiinhos de vontade de voltar a comer o tradicional salmão, que foi, ao que parece, tão deturpado, em termos de sabor e de cor). Saliento ainda a frescura dos peixes diversos e a presença de tilápia, que me era inteiramente desconhecido. Gostámos também muito dos nigiris (com pouco arroz, como se quer) e dos quentes, servidos ora com queijo Philadélphia, ora com queijo da Serra.
No final, e pese embora a vontade quase geral de deglutirmos mais umas peças, ficámos absolutamente satisfeitos e saciados – e com espaço para a bela da sobremesa. Vieram três mousses de chocolate e Oreo, um petit fondant com gelado e uma mousse de limão, sendo que a mais aclamada foi a primeira, por ser densa e muito saborosa, como se quer.
Café pedido e contas feitas, o jantar ficou-nos por 26,25€ a cada um, o que, não sendo propriamente uma bagatela, também não foi caro. Claro que para a próxima atiramo-nos ao rodízio – e aí sim, ficará tudo ainda mais simpático.
Kai Kou | Sushi | Porto
4 / 5Carapaus
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Positivos
O salmão selvagem do Alasca
os gunkan com ovo de codorniz
a mousse de chocolate e Oreo
Negativos
A música
o espaço
a falta de estacionamento
Resumo
Nunca dizemos que não à hipótese de irmos conhecer mais um restaurante de sushi, sobretudo se ele tiver algo de novo a oferecer: vale a pena ir ao Kai Kou, que oferece sushi à carta, em festival ou rodízio, só para conhecer o verdadeiro sabor do salmão do Alasca – mas não só.
Há já muito tempo que esta re-incursão no Ichiban estava para acontecer: a minha primeira ida a este estaminé não correra tão bem como estava à espera mas desde logo ficara decidido que não me quedaria por uma primeira impressão menos boa sobre aquele de que se dizia ser o melhor restaurante japonês do Porto (o que não é assim tão difícil porque verdadeiramente japoneses há muito poucos, embora mais agora, quinze meses volvidos). E permitam-me que vos dê conta, brevemente, dessa primeira experiência, para que possam perceber como a segunda me agradou duplamente, não apenas pelo que comi. (Só me lembro dela tão vividamente porque a registei por escrito, como é óbvio; de outro modo, não me atreveria a aludir-lhe, que as memórias podem ser enganadoras.) Read more
Gente do peixe cru e do arroz pastoso, esta posta é todinha para vocês: não sei bem como se deu um processo, mas houve um belo dia no Outono de 2013 em que, algures pelo Facebook, tomei conhecimento de que tinha aberto uma nova chafarica de sushi na Senhora da Hora (junto ao metro, no n.º 1453 da Av. Calouste Gulbenkian), e que os preços seriam irreais de extraordinários, para peças tão boas. Não é que eu desconfie do julgamento alheio, mas gosto de formar opinião depois do bandulho cheio, pelo que, na primeira oportunidade, fui lá verificar. Read more
Eu, a RV e o TD tivemos duas experiências seguidas menos boas, no que toca a sushi: uma ao jantar (o Bushido), a outra ao almoço (o Furosato, sendo que esta ultrapassou os limites do razoável, como demos conta, já). Por isso, e com o intuito de compensarmos a coisa, decidimos ir conhecer um outro estaminé, de que há muito ouvíamos falar e por que esta vossa criada passa amiúde, sempre que decide ir à Real Hamburgueria: o Cru Sushi Bar ‘ Lounge, fica ali mesmo, na Rua da Torrinha, do lado esquerdo da rua, quem sobe para Cedofeita. Read more
Descendo a Avenida da Boavista em direcção ao Castelo do Queijo, encontra-se o Restaurante Tokyo, do lado direito, dentro do Centro Comercial Boavista. Não é um espaço com o glamour que outros estaminés têm mas nem por isso um que valha menos a pena visitar. A sala é ampla, com largo espaço entre as mesas e talvez isso o torne um espaço frio, pouco convidativo. De realçar que o parque é gratuito durante uma hora ao almoço e duas horas ao jantar. Read more