Creio que seria difícil ter ido parar a este estaminé, sito algures em Mondim de Basto, não fora gente da terra (ou dali de perto, Vila Real) ter ali reservado mesa: iríamos fazer um percurso pelo Trilho das Figas de Ermelo (que eu já conhecia, mas a que é sempre bom regressar) e, porque haveria gente que só se nos juntaria a meio (a primeira parte não é aconselhável a quem, não estiver numa forma física razoável), achou-se por bem repor energias a meio. Assim, começámos em Ermelo e percorremos os cerca de 6kms (sempre a subir) até Varzigueto, onde se nos juntaram os elementos da tarde (sobretudo, pais com crianças – ainda que eu considere que mesmo a segunda parte do percurso não seja propriamente para levar miudagem pequena), que nos deram boleia até à Tasca da Alice, em Bobal (a cerca de 10 minutos, de carro).
Uma vez chegados, e depois de alguns nos perdermos a tirar fotografias aos vários elementos de decoração que revestem o pátio e as paredes, aguardava-nos, numa das duas salas (a primeira, parece ser mais usada como café/petiscaria) uma mesa em L, para 21 adultos e meia dúzia de infantes: o menu havia sido previamente definido e só tivemos de escolher os vinhos, sendo que a maioria optou pelo verde branco (da casa, sem rótulo, e bem aprazível), alguns pelo maduro tinto e uma pequena minoria pelo maduro branco. Também houve, obviamente, lugar a água e refrigerantes para quem os quis (e vínhamos todos sequiosos). De resto, é importante de referir que esta Tasquinha só serve pratos por encomenda (e para grupos a partir de 6 pessoas); se aparecermos sem reservar, há direito a petiscos – e, quanto a mim, ficamos mesmo muito bem servidos, sobretudo com eles.
Depois de sentados, e para fazer companhia ao pão que já nos aguardava (a broa era uma coisa de sonho!), os petiscos começaram a cair-nos à frente: o serviço, muito heterogéneo, era despachado (havia um funcionário bastante cordial, e um outro, mais novo, cuja antipatia e enfado eram flagrantes), e nunca estivemos muito tempo em espera.
Assim, vieram azeitonas negras e carnudas (de que comi infinitamente), pratos com salpicão e presunto (deliciosos), pataniscas de bacalhau (sem salsa nem cebola, que adoro e julgava imprescindíveis – e muito boas, estaladiças e carregadinhas de bacalhau) e pratos de enchidos grelhados (alheira e chouriço de sangue, ambos muitíssimo saborosos e tostadinhos), estes já a acompanhar o prato principal: arroz de feijão e carne de porco em vinha d’alhos.
Estava tudo bom e saboroso, embora nada me tenha marcado de tal forma que me apeteça voltar já para a semana – ainda assim, gostaria de ter provado os pratos mais típicos que a casa oferece, nomeadamente os ossos de assuã ou a vitela maronesa, mas já se sabe que em almoços de grupo desta magnitude nem tudo funciona às mil maravilhas.
A conta saldou-se em 13€ certos, o que só parece excessivo porque os 21 adultos pagaram o almoço das 6 crianças (que são menores, mas também comem, não nos iludamos) – mas comemos muito bem, de tal modo que a caminhada depois do almoço foi bastante mais custosa.
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Tasquinha d’Alice | Bobal, Mondim de Basto
Localidade: Vila Real
Telefone: 255 381 381
Horário: ND
Aceitam reservas? Sim
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