Carapaus de Comida

Bom dia, freguesia!

Hoje o que aqui nos traz não se prende com comida, para variar: se bem se recordam, há pouco mais de uma semana, lançámos um inquérito (simultaneamente no Facebook e aqui no blogue – que, reparem, tem casa nova, desde hoje, o que nos deixa inchadíssimos!) cujo objectivo era tentar aferir de que forma(s) as nossas postas poderiam ser mais agradáveis para os nossos fregueses.

As dúvidas surgiram-nos porque, sendo nós um cardume que sai em incursões gastronómicas há pouco mais de um mês, fomos ouvindo as opiniões mais diversas acerca do modo como deveríamos estruturar aqui a chafarica: alguns de vós diziam que estava tudo lindamente, outros que era confuso haver quatro pessoas a escrever sobre o mesmo (iniciámos o blogue justamente assim: quatro postas para cada espaço visitado), outros ainda que deveríamos atribuir notas, depois de estabelecida uma série de critérios, aos sítios a que íamos –  e algumas outras ideias.

Evidentemente, tínhamos as nossas intenções bem esboçadas, quando começámos e, ainda que tenhamos vindo a modificar algumas vertentes (nomeadamente a questão das quatro crónicas, que concluímos só se justificarem quando havia divergência de opiniões ou ingeríamos pratos e/ou bebidas diferentes), há uma dimensão de que dificilmente abriremos mão, ainda que respeitemos muitíssimo a opinião da melhor freguesia do mundo (a nossa) e percebamos o que levou a maioria (no Facebook, onde a ida às urnas foi mais significativa) a manifestar-se pela existência de um quadro-resumo, onde classificássemos cada restaurante ou bar de acordo com uma escala definida por nós.

A verdade é que somos um cardume-amador, no melhor dos sentidos do termo amador (o que faz o que faz por amor [desculpem a lamechice mas carapau também tem sentimentos), sem qualquer outro objectivo que não o de fazer o que gosta) e, por isso mesmo, absolutamente destituídos das competências que nos permitiriam rotular, com uma nota, um espaço visitado por uma vez (mesmo que lá tenhamos ido de outras vezes, a incursão dos Carapaus é a que conta para este projecto). Dar notas é tarefa sempre ingrata (sabê-lo-á qualquer professor ou avaliador), de que nos dispensaremos apenas porque não nos sentimos capazes.

Assim sendo, a nossa intenção é a que manifestámos sempre: visitar os mais variados sítios da Invicta (esperamos vir a fazer incursões fora do Porto, quando se proporcionar, também) e contar-vos como foi. E se não sentimos necessidade de atribuir um número de estrelas à relação qualidade/preço ou ao atendimento (entre outros factores) é porque descrevemos detalhadamente o que comemos e quanto pagamos (e deixamos as conclusões para cada um de vós, já que o que é caro ou barato para X pode não o ser para Y); e não deixamos de mandar uns bitaites quando à simpatia, eficiência e saber-do-ofício de quem nos recebe (e que cada freguês tire daí ilacções, porque se há quem prefira os empregados omnipresentes, tambem há quem valorize os que mal se fazem sentir ou ouvir). Ou seja: a posta é nossa, as conclusões são inteiramente vossas. :)

Conclusão?
Agradecemos muitíssimo a todos os que se deram ao trabalho de colaborar connosco e dizer de sua justiça (52 no Facebook, 30 no blogue) e vimos informar-vos de que, consoante a conjuntura semanal, vos daremos conta, por meio de uma ou mais postas (e umas quantas novidades que este nosso novo espaço permite), das incursões que formos fazendo, em termos qualitativos – a quantidade fica toda reservada para a (sempre dolorosa) conta final.

Até já, fregueses e, entretanto, bons apetites!

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