Em busca de mais um brunch para uma incursão em dia feriado, marcámos o The Bird, estaminé discretamente situado naquilo que parece uma casa residencial (e tê-lo-á sido, muito provavelmente), com direito a pátio e tudo, onde mora uma simpática esplanada. Escolhemos não ficar ao relento, porque o dia estava farrusco, na Foz (haveria de descobrir e ficou uma tarde bem agradável), o que nos permitiu apreciar a decoração interior, que estou capaz de afirmar ser a grande marca distintiva do The Bird: há carradas de gaiolas de madeira penduradas no teto (e daí o nome do estaminé, supusemos), há louceiros antigos, bibelôs de casa de avó, bolos e bolinhos e quadros na parede – uma delícia.
Sabíamos de antemão que há serviço à carta e pratos do dia, mas estávamos filados no brunch, apesar de rapidamente verificarmos que, se pedíssemos os pratos que o compõem cada um por si, não nos ficaria muito mais caro – a relação qualidade/preço não é, por certo, a pedra de toque desta oferta, pelo que nos restava esperar que a qualidade fosse avassaladora. Infelizmente, nem por isso.
O primeiro passo seria escolher de entre uma tosta das da carta (excetuando a de salmão e a americana, provavelmente por ultrapassarem o preço médio de 3.50€), bem como a bebida fria: sumo de laranja ou limonada. Quisemos todos o sumo de laranja (que estava bom mas a que carecia de umas pedras de gelo, preferencialmente feitas com o próprio sumo) e escolhemos três tostas: a mista (fiambre e queijo) para o DQ, a de Mozarella (queijo creme, cebola, tomate e mozarella) para a RV e a Brie (queijo Brie, pimentão-doce para mim – e aqui começaram as deceções. O pão era escuro e francamente bom, as o recheio era tão diminuto que parecia anedota, sobretudo na tosta Brie, em que o recheio era praticamente inexistente.
Depois, havia que optar por uma bebida quente, de entre uma muito interessante oferta de chás, cappuccino, masala ou um batido (espero que não quente, este). Eu escolhi o Fairy Magic (chá verde com flores e manga) e a RV o Lemon-Ginger (roiboos com limão e gengibre), sendo que é certo que os chás foram o que de melhor ali ingerimos: até os bules merecem nota positiva. Já o cappuccino do DQ, salpicado com aquele granulado de chocolate que se compra no supermercado, pareceu-me muito pouco apetecível. Para acompanhar esta etapa, havia que escolher entre uma fatia de três bolos à disposição ou scones: preferimos os bolos e lá veio uma de bolo de chocolate para o DQ (que ficou muito agradado com a consistência densa), de limão com mascarpone para a RV (que adora bolos-de-chá e gostou muito deste) e tarte merengada de limão para mim – e não fiquei fã, não tinha a base estaladiça nem o merengue fresco, mas também porque o “pudim” de limão era parco.
No final, cafés e 12€ a cada um, o que me parece francamente excessivo para o que ali se consome. Fiquei com vontade de voltar para almoçar.
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