Começo por dizer-vos que quando forem ao Restaurante A Grelha, em Guetim (irão com certeza), levem roupa que não se importem de sujar e bem almofadada: dali, sai-se a rebolar, prometo…
Artigos
Eis mais um estaminé que estava na lista dos “a visitar com urgência” praticamente desde que abriu, pois que não oiço senão dizer muito bem: o Terminal 4450, sito ali mesmo, no antigo terminal de passageiros do Porto de Leixões, do lado de Leça da Palmeira (onde, uma vez por outra, ainda é possível ver um navio “descarregar” passageiros), não só se encontra numa localização privilegiada como tem uma luz espetacular, daquelas que tornam tudo mais simpático.
À Chegada
Depois de estacionar o carro nas redondezas, o que se revela tarefa mais simples do que à primeira vista se pensa (baste enveredar pelas ruelas do outro lado da Avenida Antunes Guimarães), a entrada no Terminal 4450 é a primeira experiência engraçada: sobe-se de elevador (ou pelas escadas, para quem gosta de se massacrar para além do ginásio) e, depois, caminha-se por um corredor que faz lembrar as mangas que conduzem aos aviões, com vista para o rio.
A Entrada
Uma vez chegados ao Terminal, toda a grandiosidade (que se mantém na zona da receção e casas de banho, toda amadeirada e com elementos decorativos de um bom gosto despojado) torna-se aconchegante, apesar do pé direito alto: um grande balcão de madeira rústica, onde se servem os cocktails que fazem do Terminal 4450 também um bar, convive com bancos altos e uns sofás, para quem espera e gosta de ir bebericando; uma mesa de mistura anuncia noites musicais, em harmonia com as traves de madeira que remetem inevitavelmente para as construções náuticas.
A Sala do Terminal 4450
A sala principal não é enorme e estava cheia que nem um ovo, o que parecia trágico para quem até tinha feito uma reserva, uma semana antes. Fomos convidadas por um dos funcionários (delicadíssimo e profissional, como todos os que passaram pela nossa mesa) a ficar numa sala mais pequena – e se o convite parecia indiciar uma experiência menor, pelo cuidado com que foi feito, veio a revelar-se uma coisa muito boa: a sala “ao lado” tem exatamente a mesma vista privilegiada, mas é bastante mais tranquila, o que é ótimo para quem, como eu, detesta ter de (e ouvir) falar alto às refeições.
O Menu e as Entradas
Uma vez instaladas, e ainda antes de nos ser trazida a ementa, foi-nos apresentado o menu do dia, uma pechincha que, por 8,50€, nos serve o couvert, sopa, o prato do dia e uma bebida. Aceitámos imediatamente: bem sei que a especialidade da casa são as carnes puras (e não tardarei a voltar para um bife dos muito bons), mas é impossível não aceitar um negócio destes. Assim, começámos por trincar o pão (entre broa com chouriço e pão de mistura) com a manteiga de linguiça (coisa mesmo muito boa) e umas pipocas salgadas com orégãos que fizeram as nossas delícias. Passados uns minutos, veio um creme de brócolos irrepreensível (e eu nem sequer sou grande fã de sopa, a não ser daquelas que são para lá de boas, como esta).
O Prato Principal
O prato principal era Secretos de Porco Preto com Castanhas e Cogumelos, servidos com Arroz de Frutos Secos (num balde de alumínio) e devo dizer que a coisa estava uma especialidade, de tão boa. As quantidades servidas são sensatas e mais do que suficientes mesmo para gente de (bastante) alimento, como eu.
As Sobremesas
Inevitavelmente, não pudemos sair sem fazer uma incursão pela oferta de sobremesas, que parece ser outra das grandes forças do Terminal 4450, a aferir pela quantidade de sugestões que tive, mal artilhei uma fotografia do sítio onde estava, no meu Instagram: da Bola de Berlim (que passei por ser recheada com o tradicional creme de pasteleiro, que dispenso) ao Petit Gateau de abóbora com Gelado de Queijo da Serra, os conselhos eram muitos, mas acabei por seguir o meu instinto, que é muito chocolateiro, e decidi-me pelo Decadente de Chocolate, uma deliciosa fatia de bolo de chocolate em três texturas, que rivaliza com o que de melhor já comi, dentro do género. Para a mesa vieram ainda uma Mousse de Chocolate (o doce daquele dia) e uma Tarte de Limão Merengada que, apesar de gostosa e belíssima, só dececionou (em parte) porque o “merengue” era, na verdade, pedaços de suspiros (e a ideia não seria exatamente essa).
Café e a Conta
Finalmente, os cafés e a conta: uma refeição deste calibre, com vinho e sobremesas, ficou por um pouco menos de 18€ por estômago, o que me parece muitíssimo razoável e justo. Claro que, porque não satisfiz toda a minha curiosidade, pretendo voltar em breve, para os bifes e mais sobremesas, de preferência ao jantar – isto porque a busca por bons apetites jamais cessa, por aqui.
Os Contactos
Morada: Avenida Doutor Antunes Guimarães, Terminal dos Passageiros
Localidade: Leça da Palmeira
Telefone: 919 851 933
Horário: Dom a Qui – 12:30 às 15:00 e 19:30 às 23:00 | Sex e Sáb – 12:30 às 15:00 e 19:30 às 02:00
Aceitam reservas? Sim
Terminal 4450, Leça da Palmeira
4.8 / 5 Carapaus
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Positivos
o serviço, a ementa, o menu de almoço, as sobremesas
Negativos
o estacionamento pode não ser fácil
Resumo
No antigo terminal de Passageiros do Porto de Leixões, ergue-se o Terminal 4450, onde a carne é rainha (mas há opções vegetarianas), a vista e a luz são magníficas e as sobremesas são uma tentação.
Serviço5
Comida4.5
Preço/Qualidade4.5
Espaço5
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O Terminal 4450 no Zomato
Na verdade, a Cantina 32 só foi uma estreia para o AV: tanto esta vossa criada como a MAA e o TD (que compunham o ramalhete de quatro desta incursão) já lá haviam ido – curiosamente, todos em situações diferentes, tendo ficado com impressões algo heterogéneas – mas havia que fazê-lo de novo, por forma a registar a coisa como deve ser, aqui para o Cardume.
Recordo-me de que, quando estive na Cantina 32, tratava-se do estaminé-sensação do momento: estávamos no princípio de Agosto do ano passado, a coisa havia aberto ainda não há mês e, concomitantemente, não aceitava marcações (situação que entretanto se alterou: a marcação aconselha-se vivamente, sob pena de não se arranjar lugar, mesmo durante a semana), o que nos pôs a jantar quase às onze da noite e nos sujeitou a alguns inconvenientes, como uma gritante falta de pão ou a uma confusão com a faturação.
No entanto, a comida ficou-me na retina, porque já então me agradou muitíssimo.
À Chegada
Desta vez, a marcação foi feita com uns dias de antecedência, sendo que nessa altura a impressão não foi das melhores, uma vez que nos foi comunicado que, ao jantar, a Cantina 32 da Rua das Flores (artéria cada vez mais bonita, airosa e cosmopolita) recebe os comensais em dois turnos: o das 20h e o das 22h, sendo que, porque marcámos às 20h, teríamos de nos pôr a andar, por forma a que a mesa ficasse disponível para os comensais do turno seguinte, duas horas depois. Ora isto não é cartão-de-visita que se apresente a quem quer que seja, e nem sequer dispõe bem, pese embora saibamos de antemão que dificilmente ficaríamos mais tempo – mas é o princípio que não agrada e é pouco elegante (não se enganem: de “cantina” só há ali o nome – e isto é um elogio).
Poucos minutos depois da hora marcada, entrámos no espaço mais comprido do que largo, de paredes cinzentas e ar industrial, quebrado por uma decoração interessantíssima – não necessariamente original, porque já vários estaminés recorreram ao mesmo conceito de usar objetos inusitados (seja uma bicicleta pendurada na parede ou uma máquina de escrever pousada numa peça de mobiliário), mas certamente muito bem conseguida.
Também a luz quebra a estudada frieza das paredes, fazendo do Cantina 32 um local onde os contrastes caem bem e de forma natural (o que, infelizmente, nem sempre sucede).
O Menu
Na mesa para quatro, esperavam-nos já, para além do AV, que foi o primeiro a chegar, a deliciosa manteiga de banana com flor-de-sal (devo dizer que não agrada a todos, mas eu sou fã assumidíssima) bem como um cesto de delicioso pão caseiro fatiado, boas azeitonas e o belo do tremoço – coisa muito nacional e que, ao que parece, os turistas acham pitoresco (cfr. artigo do New York Times sobre o Cantina 32).
Trouxeram-nos o menu com celeridade e, enquanto picávamos do que havia, procedemos ao debate do costume e concluímos sobre o que nos forraria os estômagos e testaria as papilas gustativas nas horas seguintes (não mais do que duas, já se sabe).
As Nossas Escolhas
Optámos por quatro entradas e dois pratos principais, a saber: Chouriço Assado na Brasa, Bacalhau à Brás, Ovinhos de Codorniz com Bacon Panados e Croquetes de Alheira com Molho de Mel e Mostarda para entradas e, para depois, os dois pratos “Para Dois Com Alguma Fome” (não seria o caso, quando lá chegássemos, mas apetite temos sempre), Vitela na Brasa à Lafões com Batata a Murro e Salada Básica e Cachaço de Bísaro com Tripas e Feijocas (acompanhamento que podia ser trocado por Arroz de Cogumelos e Castanhas).
As Entradas

O Manjar
Encerradas estas hostilidades, a verdade é que, se ficássemos assim, já não saíamos com fome – a MAA (que não sai à filha – esta vossa criada) disse-se mesmo incapaz de deglutir o que quer que fosse a mais, mas acabou por fazer um pequeno esforço quando vieram os pratos principais.
Na verdade, que maravilha de petiscos ali tínhamos: o porco parecia manteiga e poderia comer-se à colher, apesar das fatias generosas de grossas (eram três), o tachinho com as tripas e as feijocas ficou a cargo da MAA (que nem um quarto comeu) e da carne não sobrou sequer uma lasca para contar a história; a vitela foi outro deleite: excelsamente cozinhada, apresentou-se em meia dúzia de fatias, também elas entusiasticamente saboreadas.
Faremos apenas um reparo negativo a uma das batatas que vieram como acompanhamento que, provavelmente por causa da sua dimensão mais avantajada, apresentou-se meio crua.
De resto, até a salada básica, que consistia num quarto de alface iceberg com um molho avinagrado delicioso, satisfez plenamente (a mim, que fui a única que a comeu).
As Sobremesas
No final de tudo isto, já mais para lá do que para cá, ainda tivemos forças para as sobremesas – eu jamais entrarei naquele restaurante sem que comer um cheesecake, isso é sagradinho.
Como estávamos com dificuldades em decidir, optámos por mandar vir três doces, que partilharíamos e comeríamos de acordo com os apetites de cada um. Vieram o Bolo de Bolacha com Nougat de Amêndoa (vendido ao centímetro, num mínimo de dois), o Cheesecake de Banana Caramelizada e Chocolate e a Terrina de Chocolate 32 – sendo que os primeiros, eram valores seguríssimos (já os prováramos) e o terceiro despertou a curiosidade do AV.
E confirmou-se: o bolo de bolacha satisfez bem, o cheesecake (servido num vasinho de barro, com cobertura de Oreos esfareladas, que se assemelham a terra) encantou e a terrina só desiludiu porque vinha com uma cobertura de menta que não é propriamente a nossa onda – mas deliciará aqueles que apreciam a junção dos sabores.
A Conta
No final de tudo isto, havíamos descoberto o mistério dos WCs (um marcado com um 6, outro com um 9 – qual deles o para mulheres e qual o reservado aos homens?), eram 22h03 e estava a conta pedida: 24€ a cada um parecem uma ninharia quando se come o que nós comemos, o que nos leva a afirmar a Cantina 32 como o local certo para quem está com sede de bons apetites.
Contacto para Reservas
Morada: Rua das Flores 32, Porto
Telefone: 222 039 069
Horário: Seg a Sáb – 12h30 às 22h30
Aceitam reservas? Sim
O Cantina 32 no Zomato
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Há já algum tempo que estávamos para fazer uma visita a este Moules & Jugs, não só porque a ideia de comer mexilhões-à-belga/francesa é sempre simpática, mas também porque o Moules (vamos ficar pelo primeiro nome, que já somos íntimos) está como uma promoção simpática até ao final do Verão: 50% de desconto ao almoço, como é anunciado à porta ou no Facebook da malta – onde somos advertidos para o facto de que, caso não mencionemos este desconto, ele não será feito.
E podemos começar por aqui, já, a nossa análise, arrumando num parágrafo o que menos me agradou nesta experiência: se no Facebook é anunciado o “desconto de 50% ao almoço”, a verdade é que, quando chegamos ao restaurante e perguntamos se a prerrogativa é aplicada a tudo, é-nos respondido que não senhoras, só nos mexilhões (enquanto pratos principais), o que me parece indicar um caso claríssimo de publicidade enganosa – sobretudo se avaliarmos os preços, porque rapidamente concluímos que são as bebidas e as sobremesas que têm os preços inflacionados. Por outro lado, temos que, caso queiramos reservar mesa através da aplicação The Fork, os 50% ao almoço só excluem bebidas e menus, incluindo, portanto, sobremesas e entradas, o que me parece muito melhor negócio (mesmo porque vamos ganhando pontos que depois se traduzem em descontos – e não, ninguém me paga para sequer mencionar a The Fork, quanto mais para gabá-la).
E por que diabo não optaste pelo desconto The Fork? – perguntam vocês com assertividade e pertinência. E eu respondo, que não ando cá para enganar ninguém: justamente porque o desconto do Facebook, porque omisso, parecia abranger tudo, enquanto o da The Fork excluía as bebidas. Agora falta-me perceber se o arranjinho conveniente parte do estaminé ou se foi a funcionária que nos atendeu (simpatiquíssima mas muito pouco conhecedora da arte de bem-servir, há que dizê-lo) meteu os pés pelas mãos, como meteria em meia dúzia de ocasiões, durante o almoço.
Mas passemos ao resto da experiência, que se faz tarde. Consegui lugar mesmo à porta (com parquímetro, claro), o que será muitíssimo mais difícil noutro mês que não agosto, em plena Miguel Bombarda (no quarteirão mais próximo de Cedofeita). Uma vez entradas no espaço, encantámo-nos com tudo: logo à entrada, um reclame de luzes diz-nos onde estamos e, uma vez descidas as escadas (estamos num prédio antigo e devidamente restaurado) que nos conduzem à receção e salas de refeição, o deslumbre é ainda maior. Há uma primeira sala, interior, depois um “meio pátio” (coberto com vidro) e um pátio enorme (que deve ter quase tantos lugares como as duas primeiras salas juntas), com aspeto delicioso e, inclusivamente, um mini parque infantil. Não desfrutámos dele porque, naquele dia, chovia – em pleno agosto, sim!, não se admite.
Ficámos no meio pátio, onde tivemos a companhia de apenas mais duas mesas: uma preparava-se para sair, quando chegámos; a outra, de ingleses acompanhados por um amigo local, chegou uns minutos depois. Tínhamos o restaurante só para nós, pensámos, o que dava um certo jeito porque a JSS e a RV tinham de regressar ao trabalho – eu era, oficialmente, a única moinante, com todo o tempo do mundo. Ora veio a verificar-se que a probabilidade de o serviço ser coisa fluida era muito diminuta: houve demoras, confusões menores… circunstâncias que não nos prejudicaram mas foram notadas, porque não pudemos deixar de imaginar como seria o serviço com o restaurante (que alberga cerca de 120 ou 130 pessoas) cheio.
Tratámos de escolher o repasto mal nos vimos as três reunidas: começámos por pedir a entrada (Tábua de Mexilhão Panado com Molho Sweet Chilly e Maionese) um bocadinho às cegas porque a simpática funcionária (porque era mesmo simpática, não há aqui ponta de ironia) não nos soube dizer, sequer, quantas peças teria a Tábua. Depois vimos que a resposta correta seria “muitas peças” – e adorámos o que comemos: por 5€, vale em absoluto a pena e chega para três pessoas esfaimadas (porque era este o nosso estado). Os mexilhões panados são em quantidade mesmo mui generosa e o molho agridoce uma perfeita delícia (da maionese gostei menos). Fomos acompanhando a coisa também com os pãezinhos que vieram para a mesa mal chegámos e que, não sendo grande coisa (tinham daquele miolo que, se amassado, fica tipo pastilha elástica), estava morno e estaladiço, pelo que nos soube pela vida. Para beber, ainda hesitámos, mas quando vimos o preço das cervejas (exorbitante), achámos por bem escolher a limonada com hortelã de litro e meio, que era janota sim senhores, mas custou 13€ – o que constitui um lucro pelo menos de 1000% para a casa (a atirar por baixo), e aqui se percebe a possibilidade do desconto de 50%.
Passemos aos mexilhões, mas é: escolhemo-los de três tipos, para que pudéssemos provar o mais possível, mas de acordo com o gosto pessoal de cada uma. A RV foi para as Moules Mediterrânicas (com tomate e ervas aromáticas), a JSS optou pelas Moules à Bulhão Pato (o costumeiro e sempre bom molho de coentros, azeite e alho) e eu quis as Moules Thai (molho aromatizado com gengibre e lemon grass) – todas entre os 11€ e 12€. Ainda perguntámos como eram as Moules da Semana, porque são sempre diferentes, mas falaram-nos em bacon e camembert e desistimos de imediato.
Devo dizer que, quando vieram para a mesa, ficámos deslumbradas: as doses são muito generosas, são servidas em pratos de pasta/saladeiras grandes e há um outro, maior ainda, para que se vão depositando as cascas – só falham as toalhitas húmidas para que vamos limpando as mãos, mas há um lavatório mesmo à entrada do meio pátio para que se vão higienizando as mãos (que estas coisas não são para comer com talheres, santa paciência). Os bichinhos, em si, eram grandes e estavam muitíssimo bem cozinhados e todos os molhos eram saborosíssimos – sou suspeita mas, evidentemente, preferi o meu, seguido do à Bulhão Pato. Enfardámos como gente grande, intercalando a atividade do maxilar com elogios ao que ali se comia; evidentemente, o resto do pão foi generosamente mergulhado nos molhos e, também ele, devorado.
E claro que poderíamos ter ficado por aqui: tal atitude teria revelado sageza e prudência, para que não saíssemos dali a rebolar. Mas não, que não é dessas minudências que se fazem os Carapaus de Comida: arrancámos para as sobremesas, mesmo porque as tínhamos topado mal chegámos, na bandeja de amostras que os funcionários levam à mesa para explicar o que há no dia, bem como para apelar a todos os sentidos, que assim são muito mais facilmente persuadidos. Havia-as de cinco tipos e, se eu tivesse voto na matéria, comia umas colheradas de cada e não se falava mais no assunto. Não sendo, lá tivemos de escolher: para mim, veio o doce de chocolate e manteiga de amendoim, para a RV o que se assemelhava a tarte de limão merengada e, para a JSS, a reinterpretação de um cheesecake de frutos vermelhos – estavam todos ótimos mas tenho de dizer que aquele de que mais gostei foi mesmo o da RV.
E pronto, no final disto tudo (e mais dois cafés), acabámos por pagar cerca de 18,50€, o que não é pechincha alguma, mas soube muito melhor do que ginjas. Ainda assim, aconselho vivamente o nosso Cardume a, caso ali vá ao almoço, optar pelo desconto da The Fork (é só baixar a aplicação para o telemóvel e reservar mesa por lá, escolhendo a possibilidade do desconto): neste caso, entrada e sobremesas também só seriam pagas pela metade, o que desceria o preço em quase 4€ por estômago.
Seja de que forma for, não se esqueçam dos bons apetites (entre amigos), que são o que se leva desta vida, sim?
Moules & Jugs | Porto
4.1 / 5 Carapaus
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PositivosOs 50% de desconto ao almoço no Verão o espaço os mexilhões a sobremesa
NegativosO serviço atabalhoado o estacionamento os “50% de desconto” ao almoço
Resumo
Para quem gosta de mexilhões e de restaurantes giros em pleno centro do Porto, o Moules & Jugs (com estaminés também em Lisboa e Cascais) é o restaurante a escolher; adicionalmente, no Verão tem a vantagem de estar a oferecer 50% de desconto nos pratos principais, à hora de almoço.
Serviço3
Comida4.5
Preço/Qualidade4
Espaço5
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A ida à Casa Inês estava em espera praticamente desde que, em 2012, a Inês “do Aleixo” (assim se chamava, primeiramente, este estaminé) saiu da Casa Aleixo, regida primeiramente por seu pai e, após a sua morte, em 1980, pela viúva e os dois filhos e abriu este estaminé, na vizinhança. Na verdade, a filha do saudoso Sr. Ramiro, de cujas mãos saíram os pratos que tornaram a Casa Aleixo um ex libris da Invicta, trouxe consigo o saber e parte da equipa que ali trabalhava, pelo que não lhe terá sido difícil montar novo restaurante, mal arranjou espaço para tal, ali mesmo, em Campanhã, e muito perto do negócio de restauração familiar – de onde saiu no decurso de um desaguisado familiar “já antigo”, ao que conseguimos apurar (note-se o timbre jornalístico). Read more
Uma das regras de ouro deste Cardume (e das poucas que pré-estabelecemos), desde que iniciámos funções, há já três anos e meio, é a de jamais aceitar visitar um restaurante a convite dos proprietários ou gerência: antecipamos que, se o fizéssemos, sentir-nos-íamos condicionados na apreciação, por mais isentos que tentássemos ser, já que custa fazer uma apreciação menos boa de quem foi uma simpatia connosco, recebendo-nos no seu domínio e oferecendo-nos o que é seu. Vai daí, sempre que somos contactados neste sentido, recusamos gentilmente, explicando as nossas razões, que sempre foram bem acolhidas. Read more
Ok, ok, é verdade, andamos numa de brunches, já deu para perceber. Em nossa defesa, temos a dizer que esta incursão foi desencadeada pela Time Out, que trazia, na edição que saiu no final do mês de Fevereiro, vários vales, como é costume, para estaminés aqui da Invicta – de entre os quais um se destacou: justamente o que oferecia um brunch, na compra de outro, na Oficina – Café Criativo. Ora nem se pensou duas vezes: desafiou-se a mãezinha, que está a começar a descobrir as maravilhas desta refeição que junta pequeno-almoço e almoço e ligou-se a marcar, antes que a coisa esgotasse (porque a oferta era apenas para uma semana, a última de Março), com bastante tempo de antecedência. Read more
Não foi a primeira vez que nos deslocámos a Braga como Carapaus de Comida; em comum, dois factores: a companhia das manas AC e SC e o gosto pela descoberta de novos sabores, um nadinha mais a Norte. Lá rumámos, via A3, tendo como destino a Rua do Taxa, onde se situava o nosso primeiro destino, a Taberna Inglesa – um dos estaminés preferidos das nossas anfitriãs, na cidade onde vivem. Read more
“Carapau Graúdo” — seria isto que se leria em letreiro, escrito à mão, com letras gordas, se por ventura nos anunciassem num qualquer mercado. Era véspera do primeiro aniversário do projecto Carapaus de Comida e, por coincidência — normalmente escolhemos o estaminé a visitar na própria semana da incursão — caiu-nos no prato uma chafarica de marisco, do qual gostamos pouco, gostamos. O Restaurante A Cabana já nos havia sido recomendado há bastante tempo por uma seguidora assídua dos Carapaus, pelo que decidimos não adiar mais a visita. Juntaram-se a nós — AV e AA — os habitués DB, RC e BC, a (também ela fundadora dos Carapaus) RV, além da SC — que já nos havia acompanhado na incursão à Casa d’Avó Micas — e da AC, única estreante nestas andanças. O Restaurante A Cabana fica na Apúlia, na marginal, juntinho ao mar, e o caminho que se faz para lá chegar pode não ser fácil para quem não conhece a zona, como foi o nosso caso. Nada que não se resolva com recurso à tecnologia. Carapau que é Carapau chega sempre ao seu destino, mesmo que seja fazendo batota. Read more
Se há um tipo de estabelecimento em que o Porto é rico é aquele que aglomera os conceitos de restaurante, cervejaria marisqueira e snack-bar. Há-os em quantidade (e qualidade), quase todos na zona (alargada) da Boavista e, normalmente, porque cada cabeça sua sentença, o preferido de uns não é o preferido de outros, embora seja consensual que a qualidade é atributo de praticamente todos. Como se sabe, Carapau é bicho de gosto eclético e dificilmente terá a atitude do “gosto-deste-e-não-vou-a-outro”, o que nos abre um imenso leque de possibilidades; de todo o modo, esta vossa criada tem a tradição familiar dos almoços tardios na (no?!) Cufra desde muito novinha (as refeições de torradas a transbordar de manteiga, a acompanhar camarão da costa, ainda as pernas não eram compridas o suficiente para subir aos assentos do balcão sozinha, são parte das memórias infantis), pelo que há uma sensação de conforto quase caseiro ali – apesar de se tratar de uma casa que alberga dezenas de pessoas e de o sossego não ser a mais marcante das suas propriedades, é a sensação sempre renovada do regresso a um lugar onde já se foi (e continua a ser) feliz. Read more