Bar Tolo Meu | Carapaus de Comida

Passara já algum tempo desde que eu pudera estar presente numa incursão. Ponderámos até não termos uma durante a semana que passou, mas as saudades das lides gastronómicas foram mais fortes e, com tudo decidido em cima da hora, visitámos o Bar Tolo Meu. Dado o curto espaço de tempo em que a decisão foi tomada não tivemos mais nenhum comensal a acompanhar-nos desta e vez e éramos por isso apenas eu, o AV, e a AA.

Bar Tolo Meu | Exterior
O Exterior

 

O Bar Tolo Meu foi-nos aconselhado por terceiros e foi-nos descrito como um espaço de petiscos, semelhante, do ponto de vista gastronómico, àqueles que visitáramos no mês – inteirinho – que dedicámos à petiscada. Após investigação prévia, que acontece (quase) sempre que escolhemos um estaminé para visitar, o Bar Tolo Meu parecia a chafarica indicada para o regresso dos Carapaus às incursões com a equipa completa.

O dia estava frio e a ameaçava a carga de água. Conseguimos arranjar lugar numa das ruas pequenas da Foz Velha, mesmo na parte de trás do Bar Tolo Meu. Aquele estaminé situa-se na Rua Senhora da Luz, muito perto do Forte São João Baptista. Mal entrámos, tememos arrepender-nos por não termos um plano B para aquela noite: a sala estava praticamente cheia e a pergunta “Têm reserva?”, que nos acolheu, não deixava adivinhar nada de bom. Lá nos foi indicado o caminho ao andar de cima, onde haveria uma mesa que nos permitisse sentar e degustar. Qualquer uma das salas é pequena e bastante acolhedora. A de baixo, com aspecto mais rústico e a de cima, com uma decoração bastante diferente, como atestam as fotografias que podem encontrar na galeria, no fim desta Posta.

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A primeira surpresa, agradável, é-nos feita quando nos são trazidas as ementas: a lista de elementos que compõem o menu, é colocada dentro de um qualquer livro da colecção de aventuras do Asterix (personagem de que gosto muito). Após análise dos petiscos, e como foram eles que nos levaram ao Bar Tolo Meu, decidimos ignorar os pratos principais (que os há, embora em bastante menor número que as entradas/petiscos). Escolhemos então, para começar (pensávamos nós), uma salada mista, prato de amêijoas à Bulhão Pato, prato de polvo à galega, prato de enchidos e dois mini pregos em pão. Entretanto já nos haviam posto na mesa um cesto de pão e broa e uns recipientes com sal e azeite. A AA deliciou-se com a broa demolhada em azeite e eu usei o pão para atacar o chouriço, ainda quente, que fazia parte do prato de enchidos (que incluia ainda pedaços de paio [bastante duro para o nosso gosto] e presunto [fatias bastante grossas]). O polvo à galega, ainda que com um sabor razoável, revelou-se bastante rígido e as amêijoas não nos encheram de todo as medidas, faltando-lhes o sabor característico que adquirem quando servidas à Bulhão Pato. A salada mista (alface, tomate, rúcula e azeitonas) estava muito bem temperada e, sem dúvida as estrelas da noite, os mini pregos, feitos com carne (presume-se que barrosã pelo anúncio destacado na ementa) deliciosae tenra, com uma pequena fatia de queijo, em pão aquecido, servidos ainda com batata frita às rodelas, fininha, com casca, sem qualquer vestígio de óleo, muito bem feitas, a fazer lembrar as batatas que se compram na praia, nos (saudosos) tempos de Verão.

Bar Tolo Meu | Os Pregos em Pão
Os Pregos em Pão

O serviço foi sempre feito de modo bastante educado e simpático, pela única pessoa destacada à sala onde estávamos, que foi manifestamente insuficiente para manter o padrão de serviço expectável, assim que a sala começou a encher. Decidimos regar a incursão a finos e quando pedimos a segunda volta, ainda a menos de meio da refeição, nada faria crer que chegássemos à altura das sobremesas sem os ter connosco. Mas foi isso que aconteceu, o que nos levou a temer pelo tempo de espera que haveríamos de passar se pedíssemos mais comida, pelo que não o fizemos.

Sem finos e sem mais petiscos, pareceu-nos inegociável que comêssemos uma sobremesa para não irmos para casa sem o sentimento de dever (guloso) cumprido. Escolhemos assim tarte de lima, para a AA e quindim, para mim. A tarte de lima, caseira, estava bastante boa, ainda que o pormenor da rodela de limão (e não de lima) que a acompanhava fosse dispensável. O quindim, também ele caseiro e fresco, pecou por ser bastante menos doce do que aquilo que eu esperava, o que o tornou numa desilusão parcial.

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No fim, vieram os cafés e a conta, que, dado o que comemos e bebemos (apenas um fino cada um) nos parece algo elevado, talvez inflacionado pela zona em que o estaminé se situa, embora isto não sirva de desculpa ou justificação. Feitas as contas, calhou 19€ a cada comensal pela mini refeição.

Em jeito de conclusão, o Bar Tolo Meu é um espaço com bastante potencial, no nosso humilde ponto de vista, embora ainda não o tenha concretizado de todo: as salas são muito acolhedoras, o serviço foi bom mas em número bastante reduzido para a quantidade de clientes que aparentemente frequenta o estaminé (já nos foi confirmado, a posteriori, que o Bar Tolo Meu enche frequentemente e o tempo de espera é normalmente longo, mesmo em dias de semana em que se esperaria uma menor afluência) e a comida, não sendo má, de todo, não concretizou aquilo que imagináramos quando a pedimos. Quando lá forem, não se esqueçam de reservar mesa, mesmo em dia de semana e que vão sozinhos ou em casal.

Obrigado por este bocadinho.

Abreijos para todos.

Bar Tolo

Morada: Rua Senhora da Luz 185, Porto
Telefone: 224 938 987
Horário: Dom a Qui – 12h30 às 24h00 | Sex e Sáb – 12h30 às 02h00
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