O Buraco | Porto

O Buraco é o local ideal, nesta altura de crise, em que quando se fala de buracos só nos apetece fugir: casa de cozinha regional e caseira, fica bem localizada, no centro da cidade do Porto, pertinho do Siloauto, na Rua do Bolhão, nº95.

Quando me dirigia para o local que íamos apreciar e opinar, pensei para com os meus botões: centro da cidade, quarta-feira à noite, quase fim do mês, vai ser de certeza calmo, com pouca gente e uma sala quase só para nós… 

Enganei-me redondamente! A casa estava cheia (mas foi fácil arranjar mesa), com pessoas de várias gerações, muitos estrangeiros e com um serviço eficiente mas muito simpático, algo que deveria ser apanágio em toda a restauração cá do burgo.

A carta tinha muita variedade de pratos, com preços por 1/2 dose a rondar  os 7 euros , de apresentação muito simples mas que saltava à vista, devido à relação preço/qualidade/quantidade apresentada.

Numa carta recheada de comidinha que normalmente se come em casa, o que eu escolhi foi umas Pataniscas de Bacalhau; na lista eram acompanhadas com arroz de penca mas eu pedi com arroz de feijão, o pedido foi atendido prontamente.

O meu prato estava muito bom: as pataniscas eram fofinhas por dentro e estaladiças por fora, bem recheadas de bacalhau; o arroz estava um bocado aberto (demasiado cozido) mas com um paladar irrepreensível.

Tudo isto teve a companhia de um verde branco da casa, fresquinho mas cuja qualidade não era nada de especial.

Depois passei a provar uma costela mendinha assada, sugestão da casa, de bom tempero, com acompanhamento de batata assada e arroz branco, que estava bem boa.

Como sobremesa, o AV já tinha passado a informação de que as duas últimas mousses de chocolate já tinham sido reservadas, pelo que optei por um queijo tipo serra amanteigado, com marmelada e servido com umas bolachas de água e sal que, não sendo uma especialidade, soube que nem ginjas.

A conta, apresentada numa folha de um bloco, foi de 60 euros, incluindo várias rodadas de Vinho, 2 cervejas, 5 meias doses, sobremesas e cafés. 

Aquando do pagamento, o Sr. Manuel perguntou se queríamos a respectiva factura, ao que respondemos não ser necessário.

Terminado o jantar, e já depois de nos terem oferecido mais vinho e uma cerveja, saímos em direcção a um bar em que costumo passar, aquando das minhas corridas pela cidade, bar esse que eu julguei ser na rua da Vitória mas devo ter calculado mal a localização, pois não o encontrei.

Tal situação foi um mal menor porque me lembrei que havia outro bem pertinho, na Rua dos Caldeireiros, de seu nome MISS’OPO.

MISS’OPO é algo de diferente na cidade Invicta, pois abrange vários conceitos: Guest House (a abrir brevemente), Restaurante, Bar e Atelier.

As peças de decoração lembram os anos 70: mesas decoradas com naperons, cinzeiros em ferro, estantes de madeira com design da época e livros do Reader’s Digest que abundavam nas nossas estantes à época. As duas mentoras do projecto, extremamente simpáticas, foram as nossas anfitriãs. Trata-se de um espaço que, da minha parte, receberá certamente nova visita.

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