Não sei se se passa o mesmo com todos os leitores desta chafarica, mas apelo à memória dos da minha geração: nos anos 80 e princípio dos 90, antes de qualquer Pizza Hut chegar ao Porto (e mesmo depois de por cá se ter instalado a cadeia norte-americana), havia a Pizzaria Meidin – e, francamente, estávamos muitíssimo bem servidos assim. Não estou certa quanto ao estaminé da Boavista, em 5 de Outubro (o de que hoje se fala), mas o de Santa Catarina era o eleito para jantares de amigos, para ir com o namorado antes do cinema ou mesmo para convidar os paizinhos a pagarem-nos o almoço, depois de uma manhã de compras na Baixa. Read more
Artigos
A nossa ida ao Da Terra da baixa, recentemente inaugurado, foi antes de mais nada uma confirmação: eu e a RV (ou melhor: eu, por causa da RV, que foi quem mo deu a conhecer) fomos durante anos visitas mais ou menos assíduas do estaminé de Matosinhos e não tenho qualquer dúvida em elegê-lo como o meu sítio privilegiado para a comida vegetariana – haverá melhores, dirão os experts; certamente, respondo eu – mas gosto deste, se me dão licencinha. Read more
Comecemos por confessar que a Pulcinella não foi a nossa primeira opção para o almoço, naquela terça-feira de meados de Agosto, porque todas as variáveis contam, quando se trata de apreciar o que quer que seja (e convém não mitigar aquelas que parecem ser de pouca monta): primeiro íamos a uma tasca comer uma francesinha muito gabada, depois íamos a um restaurante italiano novo, no centro do Porto… e acabámos na Pulcinella (onde, sejamos francos, já há muito planeávamos ir), em Matosinhos, porque as outras opções estavam fechadas, ora para férias ora para um alargado descanso semanal – a silly season afecta também a disponibilidade gastronómica, não nos enganemos. Read more
Estão a ver aqueles restaurantes de bairro (sendo que “bairro” não é o mesmo que “bairro social” mas sim e apenas um aglomerado residencial – está bem, ó conterrâneos portuenses?), que ninguém conhece a não ser os habitantes locais, e onde não é raro encontrar o Manel em camisola interior de cavas e a Maria de bata ou avental e chanatos de andar por casa? Pois muito bem, o Palmeira, ali nos Olivais, mesmo ao lado de uma igreja de que desconheço o nome (não me levem a mal, sempre que lá vou é à noite e carregadinha de fome), é isso mesmo: nas salas interiores e esplanada (onde ficamos sempre que podemos, debaixo da árvore que dá o nome ao estaminé), encontramos 50% de locais e a mesma percentagem de gente que, como nós, descobriu aquilo nem sabe bem como e volta e meia vai lá parar, porque o que se come é bom e barato (ao menos pelos cânones da capital). Read more
Gente do peixe cru e do arroz pastoso, esta posta é todinha para vocês: não sei bem como se deu um processo, mas houve um belo dia no Outono de 2013 em que, algures pelo Facebook, tomei conhecimento de que tinha aberto uma nova chafarica de sushi na Senhora da Hora (junto ao metro, no n.º 1453 da Av. Calouste Gulbenkian), e que os preços seriam irreais de extraordinários, para peças tão boas. Não é que eu desconfie do julgamento alheio, mas gosto de formar opinião depois do bandulho cheio, pelo que, na primeira oportunidade, fui lá verificar. Read more
Fui passar uns dias a Lisboa, como tento fazer com alguma regularidade (menos do que a que gostaria e deveria, mas enfim), sobretudo no Verão (porque adoro a estação e adoro a cidade no Verão), para ver família e amigos e matar saudades deles e da terra que me viu nascer, sendo que aquelas pouco mais de 72 horas se revelaram um festim gastronómico – o que também não é novidade. Vai daí, e porque Carapau nunca deixa de o ser, mesmo em férias, trago-vos uma sucessão de meia dúzia de estaminés de índole variada e gamas diferentes (adoramos agradar a gregos e troianos, pronto), que apresentaremos aqui no estaminé por ordem cronológica, semana após semana. Read more
Ora aqui está um estaminé que, não estando na minha (imensa) lista de coisas a visitar (porque prometem), acabou por ser uma belíssima surpresa: eu e a RV estávamos a ver onde haveríamos de ir matar fome e sede enquanto púnhamos a conversa em dia, a coisa não estava fácil (a segunda-feira é dia que muitos restaurantes escolhem para o descanso semanal) e foi ela quem sugeriu o Zázá – a propósito de nada, tão só porque já ouvira falar e nenhuma de nós conhecia o espaço. Read more
A posta de hoje é a prova de que, por vezes, falhamos no alvo – mas acertamos em local ainda melhor, mesmo ao lado. A malta explica: mal soubemos da abertura da Nut’Braga (temos uma posta sobre a loja do Chiado, pela Carapaua-ocasional LA, mas o Cardume fixo ainda não tinha experimentado a coisa), contactámos as Carapauas honorárias locais, a AC e a SC e tratámos de marcar uma tainada. Obviamente, a sobremesa estava decidida, agora faltava marcar o local para o repasto que a antecede, o que ficou a cargo das nossas anfitriãs – e que bem que elas escolheram, abençoadas: após deliberação breve, ficou decidido que iríamos ao Retrokitchen, espaço relativamente recente, que é propriedade de uns amigos das nossas amigas e sobre o qual já lêramos umas linhas elogiosas na imprensa especializada (com quem nem sempre concordamos, mas gostamos de ir cheiriscar para poder discordar – ou nem por isso). Read more
Ora vamos lá começar pelo início, sem perder muito tempo: há muito tempo que andava a dizer que queria aprender a fazer sushi quando, no Verão passado, a RV me ofereceu pelo aniversário um workshop orientado pelo Sushi Chef Ruy Leão, de que há muito ouvia falar pelo seu aplaudido trabalho no Quarenta e 4, em Matosinhos. Por coincidência, a JS e o AG tinham comprado vales para o mesmo evento, que acontecia em dois fins-de-semana sucessivos, certificámo-nos de que conseguíamos vagas para o mesmo dia e foi assim que, em Outubro passado, passámos de meros apreciadores/deglutidores a gente que até se safa a fazer o arroz e a cortar o peixe e a enrolar tudo e a cortar as peças. Mais: o trabalho do Ruy cativou-nos também porque ele não alinha cá em frutinhas e outras loucuras que por aí grassam, cedendo unicamente no que toca aos quentes, que são já fusão – mas não mais (o que vem ao encontro do nosso gosto pessoal). Read more
Perdoem-nos mas, desta vez, o título teria de ser alusivo: os sete pecados mortais já deram origem a um filme de excelência, e uma colecção de batons de luxo (e qualidade difícil de igualar), bem como a inúmeras outras coisas… de facto, por que não aproveitá-los também para a nomenclatura dos pratos principais a servir numa das mais famosas hamburguerias da Invicta (entretanto já com um espaço na capital, na Rua das Flores)? É verdade, gente nossa, chegámos tarde para apanhar o comboio do Munchie, mas cremos ainda ter qualquer coisa a dizer sobre esta casa, primariamente aberta na Praça Filipa de Lencastre, mesmo ali no centro da movida portuense, e depois estendida à Rua Heróis de França, em Matosinhos, a dois passos da praia – e foi aqui, nem mais nem menos, que fomos fincar o dente nos famosos pecados… perdão, picados (o trocadilho é fácil, mas muito inteligente). Read more