Temos um caderninho (que nos foi oferecido pela MSS) onde vamos colando os recortes de revistas/jornais/outros que nos despertam os apetites para esta ou aquela chafarica, bem como as dicas que o nosso querido Cardume nos vai dando: trata-se de uma espécie de agenda desorganizada, a que recorremos quando estamos sem ideias para a incursão semanal ordinária. Foi assim que, na passada quinta-feira, fomos parar à Adega Vila Meã, na Rua dos Caldeireiros, mesmo ali na zona antiga do Porto. Read more
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“Carapau Graúdo” — seria isto que se leria em letreiro, escrito à mão, com letras gordas, se por ventura nos anunciassem num qualquer mercado. Era véspera do primeiro aniversário do projecto Carapaus de Comida e, por coincidência — normalmente escolhemos o estaminé a visitar na própria semana da incursão — caiu-nos no prato uma chafarica de marisco, do qual gostamos pouco, gostamos. O Restaurante A Cabana já nos havia sido recomendado há bastante tempo por uma seguidora assídua dos Carapaus, pelo que decidimos não adiar mais a visita. Juntaram-se a nós — AV e AA — os habitués DB, RC e BC, a (também ela fundadora dos Carapaus) RV, além da SC — que já nos havia acompanhado na incursão à Casa d’Avó Micas — e da AC, única estreante nestas andanças. O Restaurante A Cabana fica na Apúlia, na marginal, juntinho ao mar, e o caminho que se faz para lá chegar pode não ser fácil para quem não conhece a zona, como foi o nosso caso. Nada que não se resolva com recurso à tecnologia. Carapau que é Carapau chega sempre ao seu destino, mesmo que seja fazendo batota. Read more
Não sei se de propósito ou não, mas as minhas incursões com posterior escrita de crítica por mim têm sido marcadas por um clima pouco simpático. Desta vez, a chuva não deu descanso, tornando, inclusivamente, a viagem até ao restaurante numa mini aventura com direito a uma infracçãozinha (ninguém viu, só nós e mais uns 3 ou 4 carros, coisa pouca) provocada pela fraca visibilidade e por um repentino “está ali uma placa do restaurante, vira à direitaaaa!”. O que é certo é que para compensar o mau tempo, a incursão foi um sucesso! E não há chuva que lave o nosso gosto pela comida. Read more
Depois de algumas incursões a estaminés de sushi, decidimos desta vez comer peixe cozinhado. E nada melhor do que uma visita a Matosinhos, nomeadamente à Rua Heróis de França, via pejada de chafaricas, quase todas (se não todas) com cozinha dedicada ao peixe fresco. O eleito foi o Restaurante Salta o Muro, estaminé que não aceita reservas e, como tal, decidimos começar o jantar cedo (por volta das 20h) para que não tivéssemos que esperar por mesa. Foi decisão que se revelou acertada visto que, por volta das 20h30, já a sala estava cheia e aqueles que tentaram entrar, depois daquela hora, não evitaram a desilusão de não ter uma mesa livre. Read more
Se há um tipo de estabelecimento em que o Porto é rico é aquele que aglomera os conceitos de restaurante, cervejaria marisqueira e snack-bar. Há-os em quantidade (e qualidade), quase todos na zona (alargada) da Boavista e, normalmente, porque cada cabeça sua sentença, o preferido de uns não é o preferido de outros, embora seja consensual que a qualidade é atributo de praticamente todos. Como se sabe, Carapau é bicho de gosto eclético e dificilmente terá a atitude do “gosto-deste-e-não-vou-a-outro”, o que nos abre um imenso leque de possibilidades; de todo o modo, esta vossa criada tem a tradição familiar dos almoços tardios na (no?!) Cufra desde muito novinha (as refeições de torradas a transbordar de manteiga, a acompanhar camarão da costa, ainda as pernas não eram compridas o suficiente para subir aos assentos do balcão sozinha, são parte das memórias infantis), pelo que há uma sensação de conforto quase caseiro ali – apesar de se tratar de uma casa que alberga dezenas de pessoas e de o sossego não ser a mais marcante das suas propriedades, é a sensação sempre renovada do regresso a um lugar onde já se foi (e continua a ser) feliz. Read more
Ele há restaurantes que são assim uma espécie de porto seguro. Ora, quando a ideia é não arriscar e saber antecipadamente que se será bem servido, é por eles que se opta, sem hesitações. A Marisqueira Majára, na Rua Roberto Ivens (a mesma do Gaveto e do Marujo e da Marisqueira Antiga), em Matosinhos, é um deles: sabíamos ao que íamos e, por isso, fomos com vontade redobrada.
A ideia, a cada Quinta-feira, é comemorarmo-nos: aos Carapaus como um todo, a cada um de nós como indivíduo, aos amigos que alinham nos nossos repastos, às conversas que só acabam quando os restaurantes fecham, às ligações inter-pessoais que a mesa, inevitavelmente, fortalece – e evidentemente, com tudo isto, ter a inspiração necessária para que cada posta de pescada seja do agrado dos que nos lêem. Assim foi. Read more
Quando se pergunta a alguém se recomenda algum estaminé na cidade X ou do género Y e a pessoa aponta um, sem hesitar, não há que enganar: trata-se de coisa boa.
Foi justamente o que aconteceu quando, a caminho do Algarve, ao telefone com o PA e recordando que ele vai muito a Santarém em trabalho, fiz a sondagem; a resposta foi curta e entusiástica: “vai à Taberna do Quinzena. Estaciona junto ao centro comercial do centro da cidade e pergunta por lá, toda a gente conhece”. Negócio fechado e não se falava mais nisso. Ainda assim, conhecendo-me como me conhece, acrescentou: “olha que aquilo é coisa de amantes de touradas, mas a comida vale a pena”. Read more
Na verdade, a coisa estava combinada para a Casa de Pasto da Palmeira: tratava-se da comemoração dos meus X anos menos um dia com a família mais chegada (em termos geográficos) e disponível e queria dar-lhes a conhecer um dos estaminés que ultimamente me encheu as medidas. Mas a chafarica da Cantareira encerra à Segunda-feira (e, como não aceita reserva, não telefonámos – o que nos teria poupado a viagem). E a Cufra (hipótese seguinte) também, pelo que se tratou de puxar pela cabeça na tentativa de encontrar um local que nos agradasse aos quatro. Lembrei-me de um restaurante de que só tenho ouvido falar bem (tão bem que se diz que o preço acima da média é perfeitamente justificado): o Toupeirinho, na Rua do Godinho, em Matosinhos. E lá fomos, a medo, não fora também este encerrar no pior dia da semana para se sair para jantar. Read more
Novo mês, nova temática: Agosto será dedicado a restaurantes à beira rio (Douro) e, no dia em que comemorámos seis meses de existência (a incursão que deu origem à posta inaugural, sobre a trilogia Bufete Fase/Sincelo/Bonaparte, aconteceu a 1 de Fevereiro), juntámos os quatro Carapaus fundadores e mais uns amigos e fomos festejar ao restaurante Tia Aninhas, ali na Rua do Senhor da Boa Morte, freguesia de Lordelo do Ouro. Trata-se de uma tascósia (na nomenclatura do Cardume: restaurante-tipo-tasco-onde-se-come-bem-e-barato-como-a-gente-gosta) com cerca de cem lugares que se dividem por duas salas, entre o rés-do-chão e o primeiro andar, propícia a jantares de grupo (desde que marcados com tempo e negociados em termos de iguarias a servir) ou a quem gosta de comer comida portuguesa bem (que não excelentemente) confeccionada, a preços muitíssimo decentes. Read more
Os Carapaus estavam indecisos entre dois restaurantes para visitar esta semana mas a escolha deu-se pelo menos badalado, o Restaurante O Maioral, em Angeiras, recomendado pela SPC, em quem confiamos nestas matérias do bem comer.
Como já é habitual, fez-se a reserva de mesa, desta vez para as 20h30 e na esplanada, porque se esperava um dia quente e um fim de tarde agradável. Ainda bem que o fizemos pois o estaminé estava com lotação esgotada e, quando chegámos, havia mesmo fila de espera! O restaurante fica numa perpendicular ao mar, logo na primeira linha, perto do parque de campismo. Tudo fazia lembrar o Verão e os jantares ao fim da tarde, em férias de Verão. As ruas, apesar de não estarem repletas de gente, apresentavam aglomerados de pessoas junto aos restaurantes, pelo menos naquela ruela onde nos encontrávamos. Read more