Começo por dizer que, a julgar por aquilo que experimentámos no Restaurante Hellenikon, não é pela gastronomia que a Grécia está em crise (nem pela qualidade, nem pelo preço).

Juntaram-se a nós, na última Quarta-Feira (dia oficial de incursões), o RRP, a AB e a IP, todos em estreia absoluta. Adoramos quando os nossos fregueses se juntam ao cardume. Arrisco dizer que estes Carapaus honorários gostaram bastante do serão.

Reservámos mesa com antecedência, embora, como tem sido costume nestas incursões a meio da semana, não fosse de todo necessário. A sala era toda nossa! A música de fundo não deixava espaço a confusão: os acordes produziam um som facilmente identificável como helénico. O volume é o ideal para que seja ouvido, e mesmo assim não impedir que se tenha uma conversa, sem que esta aconteça em tons de berraria.

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O couvert chegara à mesa: um pratinho com quartos de tomate, queijo feta e uma pasta de azeitona. Saboroso e leve, acompanhado de pão, a abrir as hostilidades. Chegou a altura de começar a usar nomes gregos, pelo que peço desde já desculpa por alguma incorrecção. Na mesa estava já aquilo que na ementa é chamado de Ouzo, um “tipico aperitivo anisado”: o cheiro a anis não engana. Diz a AA que aquilo “queima” ali ao nível do diafragma.

Cedo se decidiu que escolheríamos pratos diferentes uns dos outros, de modo a que pudéssemos provar um maior número de elementos da ementa. Escolhemos então as entradas (ou Mezedákia). Ficam aqui as nossas escolhas, com a descrição retirada da ementa:

  • Kilomythokeftédes – Croquetes de legumes com queijo kefalotiri e sete ervas aromáticas, acompanhado com tzatziki
  • Spanakópita – Empada de espinafres frescos com massa aberta à mão, aneto e queijo feta
  • Feta Psiti – Queijo feta grelhado no forno, com pimento seco turco, pimento fresco verde, oregãos e azeite
  • Glolmadákia – Enrolados de arroz em folha de videira, com aroma de limão (aparentemente o mais famoso prato grego)
  • Arnísio Kimás Spanakópita – Empada de anho picado, com massa filó e queijo feta
  • Sfoliata meli Ke Karídia tyrioy – Folhado de queijo, com nozes assadas e mel puro

Foi opinião geral que as folhas de videira, embora exóticas, não impressionam e que ninguém ficou fã. Todas as outras entradas estavam bastante boas mas destacaram-se a Empada de anho (muito saborosa, com a carne envolvido por um molho bem temperado e a massa envolvente muito bem cozinhada) e o Folhado de queijo com nozes e mel (com aspecto algo semelhante a um calzonne, a mistura de sabores e a massa estaladiça fizeram deste prato uma das estrelas da noite).

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Desta feita também não houve sacrifício ao deus Dionísio (o equivalente grego a Baco, deus romano do vinho). O néctar eleito foi mais uma vez a nossa estimada Super Bock. O Restaurante Hellenikon não a tem na forma de fino, mas tem garrafas fresquinhas.

Passemos então aos pratos principais, que chegaram rapidamente após as entradas. Seguindo a sugestão da simpática senhora que nos recebeu e serviu, pedimos um prato para cada duas pessoas e chegou perfeitamente. Aqui fica a lista e respectivas descrições:

  • Hellas Bakalianos – Lombo de bacalhau acompanhado com queijo camembert e feta, com molho de tomate e batatas fritas
  • Moussaka – Combinação de batata, beringela, carne de boi picada e molho bechamel
  • Arni Kokinistó me melintzalnes – Carne de anho picada, enrolada em beringela panada, assado no forno

Aqui houve unanimidade e todos os pratos estavam deliciosos. Qualquer um deles merece repetição. De referir que as batatas fritas são divinais, finas e estaladiças, não ficando a dever nada às que costumam acompanhar o nosso leitão.

Para acabar em beleza escolhemos quatro sobremesas, também elas deliciosas e que complementaram uma, já de si, excelente refeição. Aqui fica a lista dos docinhos:

  • Hellenikon – Iogurte grego com doce de abóbora
  • Luxúria de chocolate – delicioso bolo de chocolate
  • Taça de Atenas – Chocolate, caramelo e iogurte grego
  • Gliko Bourekákia – Massa filó com doce de ovos, regada com mel, servida com gelado de caramelo

Embora todas elas fossem mesmo muito boas, a Taça de Atenas levou o prémio de melhor sobremesa. Uma sobremesa suave, leve, doce o suficiente mas não demais…divinal! De referir que a Hellenikon tinha ainda as hipóteses Nozes e Mel ou Compotas como acompanhamento ao Iogurte Grego.

O Restaurante Hellenikon, não sendo um restaurante muito acessível devido ao preço (cada Carapau pagou 25,50€ embora facilmente este valor pudesse ser mais elevado, caso escolhêssemos vinho e um prato por pessoa), é sem dúvida um estaminé de elevada qualidade gastronómica e que justifica um esforço financeiro, quiçá numa ocasião especial. Não é um sítio talhado para grandes grupos e ainda bem, porque estragaria todo o ambiente que se cria à volta da refeição. O estacionamento é feito na rua e não deverá ser dificil encontrar lugar. Ponto extremamente negativo para a inexistência de possibilidade de pagamento electrónico. Felizmente fomos avisados para o facto atempadamente, embora apenas porque fizemos reserva prévia. Caso contrário, seríamos apanhados de calças na mão. Fiquem avisados fregueses!

Aconselhamos vivamente uma visita ao Restaurante Hellenikon. A comida, o ambiente e o atendimento são acima da média!

Obrigado por este bocadinho.

Abreijos para todos!

Restaurante Grego Hellenikon

Morada: Rua de São Dinis 205 C/ Travessa da Bica Velha 3, Porto
Telefone: 228 316 547
Horário: Ter a Sáb – das 20h00 às 24h00
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5 Comments

  1. Para a próxima vão a um vegetariano com opções não vegetarianas…

    Restaurante Essência!!

    Vale a pena e espero poder ir com vocês!

    abraços!

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