Casa da Foz | Pizzaria | Porto

Costumo estar moderadamente atenta ao que de novo vai abrindo aqui pelo Porto, em termos de restauração (o que é difícil, dada a profusão de novos espaços, que só o mais abonado dos apreciadores consegue conhecer na íntegra), mas não me lembro exatamente de quando ouvi falar, pela primeira vez, na Casa da Foz – foi, certamente há muitos meses (escrevo isto em meados de julho). No entanto, quando tentei reservar uma mesa, durante a semana, para um almoço com uma amiga que estava de visita e a quem apetecia uma refeição perto do mar, por alturas da Páscoa, não tive sorte alguma: este estaminé só abre para almoços aos fins de semana.

Curiosamente, foi sem plano prévio (e ao almoço!) que a coisa acabou por dar-se: certo sábado, com uma dose de fome considerável, depois de uma passeata histórica pela zona, regressávamos ao lugar onde tínhamos o carro estacionado e passámos à porta da Casa da Foz; e, no entanto, a porta estava fechada, o que me dececionou por segundos, porque logo depois observámos que havia um letreiro que pedia que se tocasse à campainha. Ainda assim, um senhor, morador na mesma rua, fez questão de nos explicar quando passava por nós: “toquem, toquem: o dono teve de decidir manter a porta fechada porque, há tempos, foram assaltados: eles, os clientes, tudo”. Não sei se a estória terá sido assim, mas parece-me verosímil: a Rua Padre Luís Cabral é artéria calma e despovoada, embora próxima do bulício da primeira linha de mar.

Quando nos fraquearam a porta, tínhamos duas perguntas: a primeira, se haveria mesa para almoçarmos; a segunda, se poderíamos pagar com cartão, porque não havia liquidez nas carteiras – e tivemos sorte, nas duas respostas: pese embora da carta conste um anúncio de que não há multibanco, foi-nos facultado esse meio de pagamento, embora não tragam a maquineta à mesa.

A casa, que albergará umas 40 pessoas, estava já composta; havia um casal holandês, uma família nacional e um grupo de amigos também estrangeiros – e, entretanto, foi chegando mais gente, sempre recebida de forma afável. A carta é coisa bastante completa, e divide-se entre pastas (15 tipos e duas combinações), saladas (6), pizzas (26 normais e 3 calzone), rolls (9) e pratos de carne diversos (que incluem 9 tipos de bife, mas também, por exemplo, tripas à moda do Porto ou cabrito assado). Também há uma dúzia de entradas e outras tantas sobremesas (incluindo dois tipos de pizza doce).

Para nós, a escolha estava pré-feita: seriam duas pizzas, uma 4 Stagioni (molho de tomate, mozzarella, fiambre, cogumelos e orégãos – que não costumam ser os ingredientes de uma pizza com este nome, mas pronto) e uma Parmigiana (molho de tomate, mozzarella, peperoni, manjericão parmesão e orégãos). Claro que, entretanto, fui deitando o olho nas mesas vizinhas e quer as pastas quer um prato de gambas (creio que o spaghetti nero gamberoni) abriram-me ainda mais o apetite – mas, enfim, não se pode comer tudo (ao menos de uma só vez).

As pizzas são exatamente como as tinha imaginado: massa finíssima e crocante (por norma, não gosto da massa grossa, fofa gordurosa, de inspiração americana), combinações simples e muito bem conseguidas de ingredientes fresquíssimos e tamanho bastante para uma pessoa de apetite razoável – uma delícia, deglutida até à última migalha. Para acompanhar, a bela da Super Bock (que ali só há engarrafada), que é coisa que jamais falha.

Evidentemente que nem eu era eu se me excetuasse a provar as sobremesas, principalmente quando da carta constam dois fondants; vai daí, vieram ambos, o de chocolate com gelado de tangerina e o de caramelo com gelado de baunilha (que afinal era de morango, o que dececiono duplamente, não só porque não gosto da combinação, mas sobretudo porque não me deram conta dela). Também em termos de cozedura o fondant de chocolate estava mais bem conseguido: o recheio era cremoso e a combinação com o gelado de tangerina é sempre imbatível; já o bolinho de caramelo, ainda que saborosíssimo, devia ter ficado mais uns segundos no forno, porque a massa interior estava demasiado líquida (para além do que o sabor do morango não casa idealmente com o do leite condensado). Mas souberam bem, apesar dos pesares.

A conta saldou-se em pouco mais de 17€ por pessoa, o que, não sendo propriamente barato, parece-me adequado ao espaço e oferta gastronómica.

Casa da Foz | Porto
4.5 / 5 Carapaus
{{ reviewsOverall }} / 5 Cardume (1 voto)
Positivos
A massa de pizza, O espaço
Negativos
Nada a assinalar
Resumo
Na Casa da Foz, cujo nome não deixa dúvidas quanto à toponímia, fazem-se das melhores pizzas do Porto: massa finíssima, ingredientes frescos, bons sabores. Também as sobremesas merecem prova.
Serviço4.5
Comida4.5
Preço/Qualidade4.5
Espaço4.5
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Casa da Foz | Porto

Morada: Rua do Padre Luís Cabral, 1150
Localidade: Porto

Telefone: 226 177 636
Horário: Seg a Qui – 20:00 às 23:00 | Sex – 20:00 às 01:00 | Sáb – 12:30 às 15:00 e 20:00 às 01:00 | Dom – 12:30 às 15:00 e 20:00 às 23:00
Aceitam reservas? Sim

Data da Visita: 15 de Julho de 2017
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