Não foi a primeira vez que tentámos jantar no Restaurante Asiático (não estamos certos se tem outro nome para além do que consta do letreiro, cá fora) que fica na Estrada Exterior da Circunvalação, mesmo junto ao cruzamento do Monte dos Burgos, do lado direito, no sentido Rio Tinto-Foz.

No dia 14 de Fevereiro, quinta-feira que por acaso era também Dia de São Valentim, ainda aguardámos uns quinze minutos, de pé, numa sala absolutamente cheia (as fotografias do espaço, que constam da galeria, são desse mesmo dia), mas depois decidimos ir pregar para outra freguesia – e foi assim que fomos parar à Churrasqueira do Monte dos Burgos.

A Sala
A Sala

Mas a ideia ficou-nos, mesmo porque já tínhamos uma série de registos fotográficos que não queríamos perder (de altíssima qualidade, já se sabe… :D), para além de que havíamos decidido fazer o tour dos restaurantes do cruzamento em causa (e já só nos falta um).

Por isso, na passada quinta-feira, voltámos ao Asiático, sendo que nos deparámos com um ambiente absolutamente diferente.

Uma sala (que é enorme, levando facilmente mais de uma centena de pessoas) praticamente vazia e qualquer mesa à nossa disposição – tal como nos foi indicado pelo empregado que simpaticamente nos recebeu e serviu (português, o que não é hábito em estaminés deste tipo). 

Uma vez instalados, e depois de alguns minutos para escolhermos os pratos principais (são tantos que requerem esse tempo), verificámos que o sushi que ali foi servido, em tempos (e que o AV conheceu bem), desaparecera, sendo que tudo quanto é agora colocado à disposição é cozinha chinesa.

Assim sendo, mandámos vir Gambas com Caju para a IP (que nos acompanhou nas duas idas ao Asiático, tanto na frustrada como na efectiva), Galinha com Gambas para o AV e Gambas com Cogumelos Chineses e Algas para mim (sendo que ainda hesitei entre este e prato similar, que levava bambu no lugar das algas).

Entretanto, fomos atacando os crepes chineses (não era incursão chinesa nem era nada se não o fizéssemos), que estavam bons, acabadinhos de fazer, embora, quanto a mim, o tamanho (maior do que o costume) engane, já que o recheio de legumes é pouco para o que o exterior aparenta.

Os molhos de soja e picante estavam já na mesa mas tive de solicitar o (para mim indispensável) agridoce, que é trazido a pedido, numa tacinha.

Gambas Com Caju
Gambas Com Caju

E era já tempo da chegada dos pratos principais: se a cozinha chinesa é comummente rápida, num dia em que a clientela era parca, mais rápido se tornou o serviço.

De salientar, a este respeito, que, aquando da nossa primeira visita, e durante o tempo que nos foi dado a ver o funcionamento do restaurante, foi notória uma demora excessiva no atendimento de algumas mesas (vimos grupos que estiveram 15 a 20 minutos em modo de espera, sem que nada viesse para as mesas, o que nos ajudou a decidir pela partida), embora os empregados fossem mais.

Qualquer dos pratos escolhidos foi vivamente aclamado por todos.

As algas estavam estaladiças, o polme da galinha com gambas fresquíssimo e as gambas com caju todas elas um mimo.

Há já muito que qualquer um de nós não comia chinês (eu e o AV trincámos qualquer coisita quando fomos ao Koi, mas não valeu, foi só para mascarar a desgraça) mas estou convicta de que não terá sido por isso que tudo nos soube tão bem.

A qualidade é, de facto, acima da média neste estaminé à beira da Circunvalação plantado, sendo que a quantidade também não desilude. 

Para sobremesa, e depois de duas tentativas frustradas do AV, que viu recusados os seus apetites de mousse de chocolate e de natas do céu, que “tinham acabado” (palpita-me que não se investirão muito nas sobremesas da noite, durante a semana), eu regressei ao meu doce favorito sempre que vou a um restaurante chinês, há pelo menos vinte anos: chantilly com nozes caramelizadas.

E se o chantilly era do comprado em tubos, as nozes tinham a dose de caramelo ideal, e não só cobriam o creme de nata como se encontravam no fundo da taça – uma delícia.

Faltava o café e a conta: 16€ arredondados a cada um e a certeza de que, a regressar à cozinha chinesa, temos aqui um valor seguro.

Bons apetites, minha gente, seja em que língua for.

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