Tenho para mim que as melhores incursões são as que são combinadas no último minuto e decididas em cima do acontecimento. No sábado assim foi: telefonema de um para outra, de outra para a terceira e aqui vai disto – juntámo-nos aos convivas de quarta-feira (com uma pequena variação) e fomos às francesinhas, ao Tappas Caffé, no Candal, em Vila Nova de Gaia. Tratou-se de um regresso para uns, de absoluta novidade para outros e de mais um pretexto para o convívio que é, afinal, o que sempre nos moveu.

Trata-se de um espaço muitíssimo requisitado (o que aferimos pela quantidade de gente que aguardava mesa, quando saímos) – ao que não deve ser alheio o primeiro lugar que lhe foi atribuído pelo Projecto Francesinha no seu ranking das melhores francesinhas da Invicta – pelo que convém fazer reserva prévia; porque fomos cedinho, não houve tempo de espera e foi praticamente só chegar, sentar, pedir e comer.

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Éramos oito: três Carapaus, três Carapaus-honorários (e repetentes, o que muito nos honra; faltou-nos uma carapaua-honorária que voou, temporariamente, para outras paragens) e dois mini-carapaus-honorários com grande potencial. As escolhas foram consensuais: à excepção dos minis, para quem se pediu o menu-criança, optámos todos pela francesinha especial (uma com ovo).

Enquanto esperávamos, foram-nos servidas azeitonas (bem) temperadas com azeite, alho e oregãos, bem como uns pratos com pataniscas (com bacalhau visível e saboreável mas com o senão de terem sido confeccionadas com excesso de farinha e o óleo de fritura estar ainda excessivamente presente), pedacinhos de bôla (saborosa mas com falta de recheio) e um presunto honesto mas pouco marcante.

Para beber, os comensais maiores de idade optaram pelas famosas Leiteiras, canecas de alumínio com uma capacidade de 4dl, que conservam a deliciosamente cerveja fresca – e sai já um brinde, antes que se faça tarde!

Para os desconhecedores, a particularidade que faz das francesinhas do Tappas algo de original entre as suas semelhantes é o facto de irem a tostar em forno de lenha, imediatamente antes de serem servidas.

Passemos à degustação. Nenhum de nós ficou deslumbrado, sobretudo à primeira trinca, mormente por causa do molho, algo adocicado – todavia, este primeiro quid pro quo rapidamente se resolveu, quando, a nosso pedido, a simpática empregada gritou lá para o fundo “sai um molho à homem!”. E o dito era picante q.b., pelo que, misturado com o original, como que deu o tempero que nos faltava. O recheio não é extraordinário mas cumpre, bem como o pão que, não se destacando pela positiva, também não desagrada. O queijo, derretido no forno, é simpático, ainda que não maravilhe. As batatas, infelizmente, são das congeladas, ainda que tenham textura e sabor aceitáveis.

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Em conclusão, temos uma francesinha que não fica na memória, de avaliação global como que morna e, por isso, perfeitamente aconselhável a qualquer dos nossos fregueses. Eu explico: pese embora nenhum de nós tenha ficado maravilhado, a verdade é que a nenhum se ouviu epítetos depreciativos (à excepção do problema do molho, já descrito) o que, por si só, e tendo em conta a iguaria em apreço, é bastante positivo.

Nota alta para o atendimento familiar e informal (o mini-carapau J. teve direito a atender o telefone e a dizer um “Tappas Caffé, boa noite”) mas atento (os carapaus-miúdos tiveram direito a chupa-chupas no final), coroado pela oferta de dois tipos de licores, um “para homens” (uma qualquer aguardente que julgo capaz de deglutir alimentos ainda no esófago), outro “para mulheres e crianças” (uma espécie de sumo tutti frutti excessivamente doce, cuja constituição a RV acabou por conhecer, numa visita passada, mas que não desvelamos, para não estragar o elemento-surpresa), que fez as delícias dos nossos minis.

A conta (cuja factura nos foi disponibilizada, a pedido) não ofendeu: 15,70€ a cada um (sendo que dividimos o total por sete, considerando os dois miúdos como um elemento), sem sobremesa mas com cafés: o habitual, em casas similares.

À saída (por volta das 21h30, quando a noite de sábado estava a começar para a maioria), cerca de três dezenas de pessoas entre os 20 e os 40 aguardava animadamente mesa, distribuídos por três grandes grupos.

E o Tappas Caffé é justamente isso: um espaço jovem e bem disposto, a partilhar com amigos, de preferência apreciadores da melhor sandocha do mundo.

Tappas Caffé – Candal

Morada: Rua Doutor António Granjo 549, Vila Nova de Gaia
Telefone: 223 706 196
Horário: Ter a Dom – das 10h00 às 22h00
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