Não se tratou de uma estreia para nenhum dos Carapaus: de resto, a primeira vez que estes vossos criados se encontraram foi à mesa do Café Santiago, acompanhados pelo Carapau fundador MS, pela RM e pela JC. Mas há já muito tempo que falávamos em lá voltar, enquanto Cardume, por forma não só a apreciarmos a coisa de uma outra perspectiva mas também (e sobretudo) para fazermos saber à nossa freguesia como foi. Finalmente, a verdade é que já não fazíamos uma incursão que tivesse como alvo a mais célebre das sandes nacionais (pelo menos a Norte) e a ressaca começava a apertar.

O Santiago é sito no número 226 Rua de Passos Manuel, na baixa do Porto, um bocadinho acima do Coliseu, do lado oposto da rua. E se por acaso lá passarem e acharem que estão a ver a dobrar, não temam (mesmo que já tenham bebido mais do que a conta): há de facto dois Santiagos, um (o original) mais acima, o outro (ao que sabemos, do filho dos donos do primeiro) uns metros abaixo, quase em frente ao Coliseu. Em dias de espectáculos, ou se janta antes das 19h ou mais vale levar a marmita, porque ambos os restaurantes enchem; ao fim de semana, mesmo sem espectáculos, é normal haver filas de espera. De resto, a francesinha do Santiago foi eleita a melhor do Porto, por um júri ao serviço da revista Time Out Porto, em 20112 – mas, já se sabe, nestas coisas de “a melhor” os Carapaus não alinham (falta-nos provar muuuuiiiiita francesinha para podermos decidir com rigor e justiça).

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Desta vez, optámos pelo Santiago-pai (onde a mãe é a estrela, função que acumula com o mesmo papel, no filho) e éramos seis: eu e o AV, as duas ACs (já repetentes) e as estreantes CG e CV. Não marcámos mesa, porque não é uso no Santiago mas às oito e qualquer coisa da noite de uma quinta-feira não nos foi difícil arranjar poiso (ainda que alguns grupos tenham esperado mais um pouco, depois) – nem estacionamento, embora este seja tarefa difícil de superar, em dias mais concorridos.

Café Santiago | A decoração
A imagem exclusiva do Santiago

O Café Santiago tem dois pisos dedicados ao restaurante: no de cima (com porta de saída para a Rua de Santo Ildefonso), domina o balcão onde se podem fazer refeições e que delimita a área da cozinha. Trata-se de um espaço estreito, com mesas pequenas para, no máximo, quatro comensais. No piso de baixo, as áreas são mais simpáticas, ainda que se torne difícil sentar grupos de mais de seis a oito pessoas, justamente porque não há marcações e tenhamos que esperar que vaguem mesas suficientes. Aqui, onde ficámos, o serviço às mesas é feito por dois empregados: um mais velho e pouco amistoso, que se recusa a dirigir-se às mesas que não são de sua responsabilidade e desconhece o esboçar de um sorriso, e um outro, rapaz novo, simpático e desembaraçado, que nos calhou em sorte. Ainda assim, o atendimento (que não propriamente o serviço, depois de feitos os pedidos) é demorado, em determinados momentos.

A passagem dos olhos pela lista foi mais um hábito do que uma necessidade, uma vez que as preferências recaíram sobre as francesinhas, à Santiago ou com batata – sendo que o que as faz diferir é o ovo estrelado que encima a primeira e não existe na segunda, já que ambas são servidas com batata, no mesmo prato, salvo pedido em contrário.

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Café Santiago | A francesinha
A francesinha

Passemos, portanto, ao que importa à freguesia: as francesinhas do Café Santiago têm a particularidade de ser construídas com fatias de pão de forma aparadas (sem côdea, portanto), o que representa uma mais-valia para muitos (como eu) e deixa outros indiferentes. As carnes (fiambre, linguíça, bife e salsicha fresca) são em quantidade e de qualidade média (nada se destaca seja pela positiva seja pela negativa) e o queijo quanto baste. As batatas fritas, caseiras, são das melhores que já nos foram servidas a acompanhar francesinhas (embora tenha aparecido uma crua no prato do AV) e o molho cumpre, isto é, não é demasiado picante, nem por demais atomatado, nem excessivamente ralo, nem com sabor algum a destacar-se por sobejo – feito para agradar paladares variados, certamente.

Café Santiago

Morada: Rua Passos Manuel 226, Porto
Telefone: 222 055 797
Horário: Seg a Sáb – 08h00 às 23h00
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