Todas as semanas, à Quarta-Feira, temos incursão ordinária. Entre Quartas, ansiamos e falamos sobre, como não podia deixar de ser, comida. É assim a vida de Carapau: uma vida de prazeres gastronómicos (e outros, vá)! Esta semana, respeitando o tema “Restaurantes na Baixa do Porto”, escolhido para este mês,  decidimo-nos por um Estaminé na Travessa do Carmo, pertinho do Piolho e da Cremosi. O cardume estava bem compostinho: a nossa RV voltou depois duma semana de descanso gastronómico e fomos acompanhados pelas já veteranas IP, MAA e AB.

A Travessa, em paralelo, desaconselha o uso de salto alto e dificulta o acesso a quem tiver dificuldades motoras. O caminho atribulado é compensado pelo que o Restaurante Zé Bota tem para oferecer. Já lá vamos!

Restaurante Zé Bota | A Sala
A Sala

Aquele estaminé tem duas salas de jantar e albergará cerca de 50 pessoas e não aconselharíamos este restaurante para grupos com mais de 10 pessoas. O espaço é muito agradável e acolhedor, o serviço afável e acompanhado dum sorriso. Mesmo o dono, que noutras ocasiões não teria marcado pela sua simpatia quem já lá fora. É imperioso que se faça a reserva de mesa atempadamente. O Restaurante Zé Bota é bastante concorrido, mesmo em dias da semana.

Passemos então ao que interessa realmente: a comida. As entradas já nos esperavam: prato de queijo e presunto, peixinhos da horta, cesto de pão e broa,  pão de alho, paté de atum e tostas e ainda ovos de codorniz cozidos, em azeite e oregãos. O pão seria já do almoço, dada a moleza que apresentava. Os peixinhos da horta estavam já fritos há algum tempo e não chegaram aos calcanhares dos que havíamos experimentado na Casa Santo António. O presunto era de boa qualidade e o pão de alho vinha directamente duma qualquer superfície comercial, sem qualquer preocupação em que o facto viesse disfarçado. Os ovos estavam saborosos. Já o paté de atum “fugia da tosta”, nas palavras da AB, e “faltava alguma consistencia, ovo e talvez um picadinho de pickles, para não ser tão enjoativo”, segundo a AA. De referir que, quando a AB não conseguiu abrir a caixa do paté (de plástico, que lhe deu um aspecto banal, evitável se a opção fosse por outro tipo de recipiente), a empregada que nos serviu, foi pronta em vir em auxílo da Carapaua em apuros (eu, como único Carapau, não tive tempo para intervir).

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Pela segunda vez e de forma consecutiva, regámos o repasto a vinho verde branco da casa. É servido em jarro sui generis, bem fresco e é suave. Não houve queixas.

Restaurante Zé Bota | O Vinho
O Vinho

A comida será certamente feita na hora e com muito carinho, dado o tempo que tivémos que esperar pela dita.  Pedimos Bacalhau à Zé Bota para a IP e MAA, Rosbife para a RV, Bife à Zé Bota para a AA, Bacalhau com broa na telha para a AB e Bife na Caçarola para este vosso criado, AV. Começando pelos bifes, a carne é de elevada qualidade, bem cozinhada, ligeiramente mal passada e, no caso do Bife na Caçarola, envolvido num molho delicioso à base de natas. O Rosbife estava bem feito segundo a RV e a pedido expresso, foi servido sem molho. O bacalhau servido na telha estava muito bom e bastante bem servido (tão bem que a AB levou o que restou para o almoço do dia seguinte, como comprovam as fotos no final desta Posta). A broa que o cobria estava estaladiça e acrescentava o je ne sais quoi que faz com que alguns pratos mereçam ser repetidos. Quando há um prato que tem o nome da casa, as expectactivas elevam-se sobremaneira. Aconteceu que as nossas (nomeadamente da IP e MAA) saíram algo defraudadas dado que o bacalhau servido estava ensosso. É no entanto um prato muito bem apresentado, em pote de barro, merecedor de segunda opinião.

Já havíamos “botado” o olho às sobremesas, como já é habitual, durante a primeira passagem das vistas pela ementa, no início do repasto. Chegada a hora, foram distribuídas da seguinte maneira pelos comensais: pavê de chocolate (a estrela da secção de sobremesas) para a AA, IP e AB, mousse de chocolate para este vosso (dizem) especialista e leite creme para a MAA. A RV enconstou à berma, entretanto, e não quis sobremesa. O pavê é verdadeiramente delicioso: aquela mistura de bolo (tipo pão-de-ló) com mousses de chocolate preto e branco é divinal. A mousse, caseira, estava no ponto e o leite creme, queimado na hora, era também muito saboroso, com travo a limão.

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Veio o café e a dolorosa. Não doeu tanto como noutras ocasiões e coube a cada Carapau a módica quantia de 20 euros, nada exagerado dada a qualidade da refeição e quantidade de comida servida.

Em jeito de conclusão, o Restaurante Zé Bota é ideal para pequenos grupos, apreciadores de boa comida e que queiram iniciar a noite pela Baixa. A qualidade é evidente e ninguém sai de lá com fome.

Ninguém levará a mal se no fim se gritar para a cozinha “Oh Zé, bota mais que está bom!”.

Obrigado por este bocadinho.

Abreijos para todos.

Zé Bota

Morada: Travessa do Carmo 16, Porto
Telefone: 222 054 697 | 918 807 154
Horário: Seg a Sex – 12h00 às 14h30 | 19h30 às 23h00 | Sáb – 19h30 às 23h30
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One Comment

  1. Relativamente à minha experiência do local, confirmo que a carne é de boa qualidade e das duas vezes que me dirigi à dita casa, fui sempre bem atendido. Um local a repetir.

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