Frida Restaurante Mexicano Porto
O México Sabe A Frida, Às Suas Cores E À Sua Magia, Sabe A Tortilla E A Tamarindo, Sabe A Milho E A Mezcal, Sabe A Cacau E A Tequila, Sabe A “Cocina Mestiza“! Uma Coronita Bem Gelada, Um Bom Copo De Vinho Ou Uma Deliciosa Margarita Que Acompanham De Maneira Perfeita Uns Tacos Bem Picantes, Uns Chiles En Nogada Ou O Melhor Guacamole Da Cidade São Motivos Mais Que Suficiente Para Visitar A Nossa Tasquinha Mexicana. No Frida Fazemos Questão De Receber Cada Cliente Como Um Amigo E, Por Isso, Às Vezes Não Admira Que Passemos Mais Tempo Sentado A Mesa Consigo Que Por Detrás Do Balcão. Estamos À Sua Espera E À Boa Maneira Mexicana… Mi Casa Es Su Casa!!!

Podíamos estar aqui com mil lérias e figuras de estilo rebuscadas, mas não há como dar voz a quem sabe apresentar-se (bem), sem falsas modéstias irritantes ou promessas que não sabe cumprir: o Frida é aquilo mesmo que diz ser no seu site, sem tirar nem pôr. Mais: esta vossa criada é menina para ser muito picuinhas, quando a fasquia está muito lá no alto (e o Frida é dos estaminés mais consensuais do Porto, nunca li uma apreciação que dissesse que era sequer mais-ou-menos, quanto mais mau), e olhem que todas as minhas expectativas foram superadíssimas, e com distinção.

[bctt tweet=”O melhor Restaurante Mexicano do Porto e, certamente, de outras cidades, se nelas morasse.”]

Mas deixem-me contextualizar a coisa: a MAA, que calha de ser minha progenitora, parece finalmente ter perdido o medo do desconhecido, também no que toca à culinária. Não sei se foi por há uns tempos lhe ter dado a provar o meu guacamole (nem vou perguntar, para não me desiludir) mas uns dias depois disse-me, depois de ter andado a ler sobre gastronomia mexicana, que gostava muito de experimentar mais coisas – e não foi tarde nem cedo: marquei o Frida, antes que ela se arrependesse, mesmo porque era restaurante a que queria muito ir, há já algum tempo.

Estávamos na penúltima segunda-feira (e, portanto, última semana) de Agosto e, ainda assim, à hora da abertura (pensávamos que seríamos as primeiras) já estavam duas ou três mesas ocupadas – curiosamente, todas com turistas, o que é engraçado, se pensarmos que o Frida não está propriamente em local onde se passe e entre: ali junto ao largo da maternidade, só lá vai ter quem tem esse propósito. Fomos recebidas pelo chefe de sala (e, creio, co-proprietário e marido da mentora do Frida) que simpática e educadamente nos deu a escolher entre dois tipos de mesas; a verdade é que, ainda que as que têm os sofás me pareçam mais convidativas, não pude deixar de me inclinar para aquela que tem um retrato de Frida a guardá-la.

Durante o serão, fomos sendo visitadas pelas duas pessoas de serviço na sala: quem nos recebeu e uma funcionária cuja língua-mãe é o castelhano cantado do outro lado do Atlântico, que prima tanto pela doçura e delicadeza como pelo conhecimento da ementa, para além de estar vestida “à mexicana”, com um trajo que me apetecia trazer para casa, de tão bonito. Mal nos sentámos, trouxe-nos o couvert: “Totopos acabadinhos de preparar, acompanhados de uma deliciosa «salsa de pica de gallo»” (é esta a magnífica entrada, na ementa), que consiste basicamente naquilo a que por cá chamamos de snacks de milho (os melhores que comi na vida, e ainda mornos de “frescos”) com um molho de cebola, tomate e pimento, que soube que nem ginjas. Os mesmos totopos vieram a acompanhar o Guacamole (delicioso) que pedimos com entrada e que fizemos acompanhar da melhor Marguerita que bebi na vida (não que eu beba margueritas a torto e a direito mas já tenho alguma vida e saboreei as suficientes para poder comparar): o bordo do copo tinha a quantia exacta de sal e o gelo manteve-se magicamente até ao último gole de líquido – juro que parecia magia e fiquei muito grata pela sugestão da funcionária. Já agora, disse-me um passarinho que também gosta de lá ir molhar o bico que a Marguerita de maracujá é de beber e suplicar por mais (fica, definitivamente, para a próxima.)

[bctt tweet=”…snacks de milho (os melhores que comi na vida, e ainda mornos de “frescos”).”]

Entretanto, havíamos escolhido os pratos principais, o que se revelou tarefa dificílima: às vezes (quase sempre), gostava de ter carteira e estômago para provar toda a ementa e pronto. Vieram o Chile Ventilla (chile ancho recheado com queijo e feijão e coberto com molho de natas com um toque de chille pasilla – óptimo para vegetarianos, portanto) para a mãezinha e os Camarones Al Guajillo (camarões marinados em chile de árbol, acompanhado por arroz de banana) para esta vossa serva. Evidentemente que provámos o prato alheio e nem sei se vos diga, se vos conte: o que ali se serve, a avaliar pelo que provei, é coisa de excelência. As quantidades são muitíssimo bem pensadas, os sabores de outro mundo e as combinações vitoriosas: mas eu alguma vez pensei, sequer nos meus sonhos mais arrojados, rejubilar com arroz de banana, eu que nem sequer vibro com arroz e muito menos com banana?! Pois, mas aquele encheu-me as medidas, tal como os chile do outro lado da mesa, sendo que ambos são pouco apropriados para quem não suporta picante (eu adoro, claro).

Nesta altura já estávamos plenamente satisfeitas mas mais depressa me obrigariam a dançar quizomba de leggings e crop top do que sairia dali sem comer sobremesa, santa paciência. Também aqui a selecção foi dificílima mas, com ajuda, lá se fez a escolha: a MAA foi pelo Pastel de 3 Leches (fatia de bolo húmido com toque de brandy e noz e cobertura de natas e morangos) e eu inclinei-me para o Pastel Impossible (bolo de chocolate e pudim) – ainda hesitei entre este e os Buñuelos Com Cajeta, mas pedi conselho e quando me disseram que aquele era mais doce, a decisão foi imediata. E já nem sei que mais diga sem parecer que fiquei absolutamente derretida com o Frida – mesmo porque fiquei, não adianta mentir. O bolo da mãezinha parecia bolo-de-aniversário, mas em muito bom, com um gosto extraordinário, de consistência macia e húmida (ela adorou) mas o meu encheu-me as medidas: o pudim de ovos era bom, mas a base de chocolate era daquela que até se cola aos dentes, de tão consistente, e o molho e os pedaços de morangos foram o apontamento que o tornaram ainda mais perfeito.

E depois há todo o espaço, carregadinho de pormenores deliciosos (a tal ponto que até eu achei que já estava a fotografar demais), e o ambiente, acolhedor e familiar sem ser intrusivo ou (é o termo) maçador (muito pelo contrário), uma casa de banho que cheirava melhor que qualquer outra (perdoem-me, ligo até a estas coisas), uma sala cheia mas não barulhenta, uma iluminação perfeita e… olhem, a vontade de regressar, sempre que puder.

Os nossos bons apetites ficaram por 30€ por estômago e o Frida é visita obrigatória para quem gosta (ou quer conhecer) a boa cozinha mexicana.

Frida | Restaurante Mexicano
5 / 5 Carapaus
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Positivos
  • Os Totopos em particular
  • toda a comida em geral
  • A decoração
  • A Marguerita
  • Negativos
  • Nada a assinalar!
  • Resumo
    O melhor restaurante mexicano do Porto e, certamente, de muitas outras cidades, se nelas morasse.
    Serviço5
    Comida5
    Preço/Qualidade5
    Espaço5
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    Frida | Restaurante Mexicano

    Morada: Rua de Adolfo Casais Monteiro 135, Cedofeita, Porto
    Telefone: 226 062 286
    Horário: Seg a Dom – 20h às 24h
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