Ramen Break | Porto | Comida Japonesa | Carapaus de Comida

O gatilho de tudo isto foi o Shiko (onde regressarei sempre, é um dos meus restaurantes preferidos): foi por lá que provei, pela primeira vez, aquele caldo-com-cenas que se tornou uma das minhas coisas preferidas de sempre; depois disso, foi a incursão ao RO, que foi o sucesso que relatámos aqui na chafarica – vai daí, não poderíamos deixar de ir àquele que foi, tanto quanto sabemos, o primeiro estaminé inteiramente dedicado ao ramen, na cidade do Porto (e, suponho, arredores). O mais estranho é que o Ramen Break fica a menos de um punhado de quilómetros de minha casa, sempre em linha reta e, por mais que lá passe (e passo amiúde), não teria dado por ele se não me tivessem chamado atenção para a sua existência.

De resto, tudo no Ramen Break é discrição, ao menos na medida em que escolheu situar-se longe do bulício da Baixa, ali entre a Boavista e Cedofeita ou, para os que conhecem a zona, entre os Liceus Carolina Michaelis e Rodrigues de Freitas – o que provavelmente justificará o seu horário atípico, já que só abre de quinta feira a sábado e não se fala mais nisso. Talvez a vizinhança não seja a maior consumidora do caldo japonês, mas a verdade é que as pessoas se deslocam ali, propositadamente, para o comer: foi o nosso caso e, coincidentemente, da PG e do ZM, com quem não estávamos há algum tempo e que acabaram por ser a nossa companhia para o almoço, tornando a coisa ainda mais simpática.

O espaço é o arauto do kitsch intencional (ele há bandeirinhas, andorinhas, gatinhos orientalinhos – e tudo o mais acabado em -inho), isto é: porque é pensado, torna apontamentos duvidosos em coisa de bom gosto. Eu cá, na minha limitada visão estética, adorei o mural colorido que reveste uma das paredes compridas, bem como os sinalefos que identificam as casas de banho feminina e masculina (só não quero aqueles robôs fofinhos aqui em casa já porque as minhas casas de banho são unissexo).

Mas vamos ao ramen, que é para isso que bosselências (pelo menos os que ainda não desistiram de me ler os testamentos) cá estão, verdade? Olhem, é coisa muito boa – pronto, acabei com o suspense. Ainda hesitámos entre dois deles, cada uma, mas a RP decidiu-se pelo Ramarati (noodles de trigo, pernil desfiado, bamboo menma, 1 ovo nitamago, cebola frita, cebolinho, molho de soja e manteiga de amendoim), enquanto eu optei pelo Ramazuki 2.0 (noodles, entremeada chashu, bambu menma, milho, meio ovo nitamago, cebolinho, sésamo narutomaki, nori, molho de soja e óleo de chili), que me foi dito ser “o preferido do Vítor” (que é o chef). De resto, quando pedi a opinião à simpática funcionária (ou dona, não sei) que nos atendeu, sobre qual seria o prato que me aconselharia, a resposta foi “são todos bons, foram todos criados por nós” – e eu gosto desta segurança que, no caso, é inteiramente justificada.

Depois, a PG e o ZM acabaram por pedir os outros dois pratos de carne (porque há mais quatro, vegetarianos), e acabámos por poder tirar o retrato a todos. Para que conste, não são só refeições bonitas, servidas em faiança do tipo Bordallo Pinheiro: são também estupidamente saborosas – e, decidimos por unanimidade e aclamação, a epítome da “comfort food” (a expressão funciona melhor no original inglês, perdoem-me!).

O único item que nos agradou um bocadinho menos foi a massa, que mais se assemelhava a esparguete do que às fininhas noodles, que tanto a RP como eu preferimos – mas ainda assim comemos a sopinha toda, como meninas bonitas. Já agora, o ZM, que já provou os oito pratos da casa, elegeu como o melhor o que comeu naquele dia: o Ramazonic 2.0, que é o mais picante dos carnívoros (mas mesmo assim suportável, tanto que ele acrescentou molho picante), e leva noodles, carne picada picante, espinafres, milho, meio ovo nitamago, cebolinho, narutomaki e nori. A PG quis o Ramazonic – e lá terei de voltar para provar qualquer dos dois.

Algo que não esperava provar (só o fiz porque os nossos convivas no-lo recomendaram vivamente) e muito menos gostar é o Mochi de chocolate: trata-se de um bolinho (acento no diminutivo) de arroz recheado que tem o tamanho de uma trufa, vem coberto de cacau em pó e custa uns infames 3€. Mas eles tinham razão, o único problema é que ingeriria mais meia dúzia, assim a carteira e o bom senso o permitissem

Foi o culminar de um almoço carregadinho de bons apetites, num espaço giro e airoso, de serviço simpático e eficaz (demorámos menos de uma hora, mesmo com direito a muita conversa) e uma conta absolutamente adequada: 15€, nem mais nem menos. Havemos de voltar, com certeza.

Ramen Break | Porto
4.5 / 5 Carapaus
{{ reviewsOverall }} / 5 Cardume (6 votos)
Positivos
  • O Ramen
  • o Mochi de Chocolate
  • Negativos
  • A Localização
  • A Massa
  • O Estacionamento
  • Resumo
    O Ramen Break foi o primeiro estaminé dedicado somente ao Ramen que abriu no Porto, há cerca de um ano. Vale a pena a visita, para quem gosta deste caldo japonês, tão reconfortante como delicioso.
    Serviço4.5
    Comida4.5
    Preço/Qualidade4.5
    Espaço4.5
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    Ramen Break | Porto

    Morada: Rua Oliveira Monteiro, 280
    Localidade: Porto

    Telefone: 226 000 701
    Horário: Qui a Sáb – 12:30 às 15:00 e 19:30 às 22:30
    Aceitam reservas? Sim

    No Zomato

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