Il Fornaio 178 | Porto | Carapaus de Comida

Há já uns meses que o Il Fornaio 178 estava na minha lista: uma amiga gabou-o imensamente, ainda mal tinha aberto e eu gosto sempre de ir bem recomendada. Infelizmente, uma das suas grandes atrações, quanto a mim (o facto de se situar na zona do Bessa, bem afastado da Baixa), foi o que me afastou dele até agora: não sei porquê, mas quase tudo se combina para o centro do Porto, onde é difícil estacionar e reservar mesa com menos de duas semanas de antecedência, pelo menos nos estaminés mais em voga.

Finalmente, a coisa proporcionou-se: Mãezinha chegara de viagem e era preciso ir comemorar o seu aniversário (acontecido há já mais de quinze dias) comm’il faut, ou seja: à mesa, pelo que tratei de marcar um almoço de sábado. Não é difícil estacionar naquela zona residencial, o que é algo que me apraz muitíssimo, e foi ainda com o restaurante meio vazio (o que se alterou, em meia hora) que chegámos.

O espaço é muito bonito, original e bem decorado, contemporâneo, e todo o staff, vestido de modo descontraído mas profissional, ajuda à estética. Fomos dirigidas para uma mesa perto da janela, de onde se via toda a sala, bem como o bar; para observar a cozinha, aberta, basta uma deslocação à casa de banho, que é igualmente um requinte.

Hesitámos um pouco no que tocou à escolha dos pratos principais, mas só porque a oferta é vasta e toda ela muito apetecível, mas a opção acabou por recair em duas pizzas, ambas especialidades da casa (porque também há meia dúzia das conjugações mais tradicionais): a Apollonia (molho de tomate, mozzarella, pepperoni, bacon, pimento, cebola e orégãos) e a Bresaola (molho de tomate, mozzarella, bresaola, rúcula, tomate cherry confitado e parmesão) – mas devo dizer que qualquer outra me agradaria igualmente, já que estamos a falar de combinações típicas da gastronomia italiana e não daquelas tretas de “fusão” com ananases e quejandos que, perdoem-me, jamais farão as minhas delícias.

Para beber, hesitámos, mas eu pelo-me por uma boa sangria e, visto que mámãe alinhou, tratei de perguntar, ao simpático funcionário responsável pela nossa mesa, qual nos aconselhava, já que todas me pareciam apetitosas: acabámos por escolher a Mandarinello, uma mescla de espumante, licor de tangerina e lima, que é qualquer coisa de delicioso e aconselho vivamente aos apreciadores do género de beberagem.

Entretanto, veio o couvert, composto por azeitonas verdes temperadas, e um belíssimo azeite temperado com vinagre balsâmico, onde ensopei todo o pãozinho caseiro e fofo que nos foi oferecido. Também nos foi trazida a tábua do chef, com três tigelinhas com picante, parmesão e orégãos, para que pudéssemos customizar as pizzas de acordo com as nossas preferências – algo de que não senti qualquer necessidade, por ter achado perfeitas as combinações de sabores.

As pizzas, essas, são claramente caseiras, feitas de massa fofa (daquela que “cresce” no rebordo), que nem sequer é a minha preferida (prefiro-a fininha e estaladiça, mas é mesmo só uma questão de juízo de gosto) e fresquinha. O meu destaque vai para os ingredientes, de excelsa qualidade, e em quantidade perfeita: a minha bresaola era gostosíssima, seria capaz de comer fatias infinitas daquilo sem me cansar (sobretudo com o delicioso Mandarinello a acompanhar). Gostámos muito, excetuando o pormenor da massa que, reitero, é muito boa – só não é do tipo de que que mais gosto.

Faltavam as sobremesas, pois concetêza, que a pessoa não perderia a oportunidade de adoçar o bico. Mãezinha, que tem sempre receio de ficar enjoada com “demasiado doce” (sentimento que me é totalmente alheio), optou pela Crostata (tarte de amêndoa, fruta da época, no caso maçã, e chantilly de Amaretto) e eu, evidentemente, fui pelo Tartuffo de Cioccolato (trufa de chocolate negro, ganache de chocolate branco e mascarpone). O meu Tartuffo era uma bomba divina de bons sabores, que recomendo vivamente a quem gosta de chocolate(s); já a Mãe não ficou muito agradada com a sua escolha, mas só porque decidiu pedir algo com Amaretto quando não sabia se gostava de Amaretto – e afinal não gosta.

O cômputo geral é excelente: o Il Fornaio está entre os melhores restaurantes do Porto e proporcionará belíssimos apetites a todos os apreciadores da gastronomia italiana. O nosso repasto ficou por 30€ por estômago – não é baratíssimo, mas vale cada cêntimo. Aconselha-se sobretudo em ocasiões especiais.

Il Fornaio 178 | Porto
4.9 / 5 Carapaus
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Positivos
  • O espaço
  • O serviço
  • O mandarinello
  • Negativos
  • A massa de pizza
  • Resumo
    Um dos poucos restaurantes italianos como-deve-ser da cidade, situado em zona calma, com espaço e serviço à altura dos mais exigentes.
    Serviço5
    Comida4.5
    Preço/Qualidade5
    Espaço5
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    Il Fornaio 178 | Porto

    Morada: Rua François Guichard, 17
    Localidade: Porto

    Telefone: 220 124 175
    Horário: Ter a Dom – 12:30 às 15:00 e 20:00 às 23:00
    Aceitam reservas? Sim

    Data da Visita: 9 de dezembro de 2017
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