Restaurante Papagaio | Churrasqueira | Porto | Carapaus de Comida

Não esperem de nós, no caso do Papagaio, a abordagem analítica a que gostamos de achar que vos habituámos: estamos a falar de um jantar acontecido do 31 de Dezembro, em que mesclámos os festejos de fim de ano (de que não gosto particularmente) com os dos anos da MJ (esses sim, prioritários – e daí eu jamais falhar neste dia), num espaço demasiado vasto e confuso para que pudesse ser apreciado como deveria. E, de todo o modo, não me estou a ver no Papagaio noutras circunstâncias: não é local que escolhesse para ir “jantar fora”, embora não me caíssem os parentes na lama por fazer lá um almoço rapidinho.

Na verdade, este estaminé apresenta-se como uma churrasqueira, capaz de albergar 150 (!) comensais espalhados pelos seus dois andares e, pareceu-me, é dotado de um espírito muito familiar, no que ao serviço diz respeito: naquela noite, até um catraio de mais mais de 12 anos andava a ajudar nas mesas (“mas não estou a ser pago!”, vez questão de referir, não fôssemos nós inspectores do trabalho disfarçados de festeiros.

De resto, tudo começou por funcionar bem: a nossa mesa para oito estava disponível, à hora marcada e fomos brindados com umas entradas para irmos distraindo a dentana e o apetite – pãezinhos rústicos um tanto secos, croquetes amigáveis, pão de alho algo sofrível, um bom chouriço assado e uma salada completa (com pimento assado e tudo que é coisa que adoro) entretiveram-nos enquanto não escolhemos e vieram os pratos principais. O vinho escolhido, a conselho do funcionário, não deslumbrou por aí além mas trepava como gente grande (afirmo-vo-lo eu que, depois de dois copos, senti a ida à casa de banho como uma epopeia algo surrealista).

Estávamos com o tempo um bocadinho contado, porque a nossa aniversariante faz questão de ir ver o fogo de Ano Novo aos Aliados, pelo que sentimos o serviço bastante demorado, embora não creiamos que esta seja uma característica que se possa apontar como defeito: afinal, a casa estava cheia, estava tudo cheio de pressa para ir festejar a meia-noite e é natural que as coisas se compliquem um nadinha.

No que toca aos pratos principais, optámos eminentemente pelas carnes (afinal, o churrasco português e brasileiro são o cartão de visita do Papagaio) e, ainda que nada nos tenha decepcionado mortalmente, a verdade é que também não saímos encantados: tudo roçava o mediano, desde a picanha às febras e afins (acompanhamentos incluídos). Mas, caramba, estávamos numa espécie de “cantina”, como almejar mais do que isso?

E se até aqui tudo bem, a minha indignação surge aquando da chegada da dolorosa: não me importo de comer menos bem, mas incomoda-me solenemente pagar como se tivesse comido – e ter de largar pouco mais de 18€ por um repasto que não foi de todo especial custou-me um nadinha, mesmo porque a sobremesa foi a famigerada tarte de maçã da mãe do HM (que se apura de ano para ano, é incrível!) e nem os doces foram incluídos na conta.

Admito que o caso se dê por se tratar de uma noite “especial”, em que os preços, no que não são acompanhados pela qualidade, mas ainda assim caiu mal. Se aconselhamos o Papagaio? Para jantares de curso, sem dúvida, em que acredito que se negoceiem preços especiais. Mas não mais, para sermos muito honestos.

Restaurante Papagaio | Porto
2.9 / 5 Carapaus
{{ reviewsOverall }} / 5 Cardume (1 voto)
Positivos
  • Excelente para jantares de grupo
  • boa localização
  • Negativos
  • Serviço demorado (em noite de fim de ano)
  • comida não deslumbra
  • Resumo
    Estaminé que nos parece ideal para jantares de grupo, nomeadamente jantares de curso e outros afins (dos barulhentos, portanto).
    Serviço3
    Comida3
    Preço/Qualidade2
    Espaço3.5
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    Restaurante Papagaio | Porto

    Morada: Travessa do Carmo, 30A
    Localidade: Porto

    Telefone: 222 084 855
    Horário: Qua a Seg – 11h30 às 24h00
    Aceitam reservas? Sim

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