Nestas coisas dos grupos, a melhor das receitas é sempre a participação voluntária e prazenteira, isto é: a partir do momento em que o(s) indivíduo(s) se sente(m) melhor pertencendo do que não o fazendo, o colectivo só tem a ganhar.

O que acontece é que nada é estanque e as situações alteram-se, mesmo quando nós próprios não o esperávamos: tudo isto para dizer que o vosso Cardume de eleição começou por ser de quatro, passou a três e é agora de dois. Cinquenta por cento dos Carapaus fundadores não puderam continuar com o projecto e, se com três a coisa ainda se ia gerindo, um grupo de dois é quase perigoso: basta que falhe um (seja por que motivo for) e ficamos reduzidos a metade que, por acaso, nem chega a ser um colectivo.

Vai daí, resolvemos fazer isto de forma ultra-contemporânea, como se fôssemos uma produtora da de televisão em busca de novos talentos para a novela/série juvenil/reality show (ignorar o que não [lhe] interessa) da moda: abrimos um casting para  escolher um ou dois membros para o Cardume.

E cabe-nos aqui fazer duas ressalvas: ser Carapau é dispendioso, desde logo porque implica uma incursão (a que chamamos ordinária, para as distinguir das outras, as extraordinárias) semanal, que tem sido à quarta-feira mas que mudará a partir de Setembro, e isso paga-se; ser Carapau também dá trabalho porque implica que, quando os amigos (raramente jantamos só nós) estão apenas a desfrutar do prazer da refeição, da conversa e da companhia, nós (para além de tudo isso) ainda tiramos fotografias e tomamos notas, porque a posta tem de sair impreterivelmente à Sexta-feira e nós escrevêmo-las à vez. Ou seja: isto é giro que se farta, dá um gozo tremendo, mas as crónicas não se fazem sozinhas e requerem alguma dedicação e disponibilidade mental (não mais do que duas horitas em semana de serviço, depois de se ter apreendido o modus operandi) e só conscientes dessas condições esperamos que se candidatem.

Estamos ainda dispostos a considerar uma segunda hipótese que é a de, no lugar de se juntarem a nós um ou dois carapaus em full time, aceitarmos três  (ou quatro) em part time, sendo que cada um só se juntaria à incursão sobre a qual fosse escrever a posta (ou mais, se assim o desejasse, mas não obrigatoriamente) – um Carapau em part time não gastará tanto dinheiro como um Carapau a tempo inteiro mas, por outro lado, divertir-se-á muito menos, e quanto a isso nada a fazer. :)

Vai daí, caros amigos/conhecidos/colegas/absolutos desconhecidos, este é o desafio que vos lançamos: se gostarem de escrever e de comer, se sentirem que este é um projecto de que gostariam (e poderiam) fazer parte, digam coisas. A única coisa que vos pediremos é um texto em jeito de crónica gastronómica, sobre um estaminé onde tenham ido ou, se preferirem, juntem-se a uma das nossas incursões e escrevam sobre ele, por forma a poderem conhecer-nos pessoalmente (se é que não conhecem).

Boa?

Ficamos de barbatana em suspenso, à espera das vossas candidaturas. :)

Similar Posts