Taberna do Bonjardim | Carapaus de Comida

O Brunch da Taberna do Bonjardim já estava na lista há uns tempos e eis que, no passado sábado (dia da semana em que o brunch é servido das 13h às 15h), surgiu a oportunidade de o irmos experimentar. Como é costume reunimos uns amigos e procedemos à marcação da mesa para 7 (os três carapaus, a IP recordista nas nossas incursões , a AB, o RP e a AC, que nos acompanhou pela primeira vez). As expectativas eram altas e como popularmente se diz “quanto mais alto se sobe, maior será a queda” e os carapaus e convivas ficaram com algumas mazelas. Mas passemos ao relato da nossa experiência.

Taberna do Bonjardim | A entrada
A entrada

O espaço é interessante, uma casa típica com fachada de 5 metros, rés do chão e mais dois pisos, recentemente recuperada e situada bem no centro do Porto, numa das maiores ruas da cidade, no número 450 da Rua do Bonjardim. Para quem passa na rua, a fachada não chama muito a atenção; no entanto, depois de se dar com o restaurante, a entrada anuncia um espaço com alguma identidade. O piso térreo tem uma zona de recepção, com um balcão em mármore na zona do bar e umas mesas e cadeirões onde os clientes podem esperar os restantes antes de se sentarem à mesa, com jornais do dia e revistas à disposição.  Uma das paredes do edifício encontra-se toda revestida com tampas de caixas de madeira de diversos vinhos. Ao longo desta parede desenvolve-se a escada que nos leva até ao primeiro piso, onde encontramos a sala de refeições e um segundo lanço de escadas, que se desenvolve ao longo da mesma parede, levando-nos às casas de banho. Gostava de referir que não me pareceu existir outro tipo de acesso, quer à sala quer às instalações sanitárias, que não estas escadas, pelo que não será um restaurante adequado a pessoas com mobilidade reduzida.

A sala propriamente dita é pequena, com cerca de cinco ou seis mesas que albergarão umas 25 pessoas, não mais. No centro da sala há três mesas, uma com as bebidas, outra com os frios e uma última com os quentes. O espaço mostrou-se manifestamente ínfimo  para o serviço tipo buffet. Se no início nos safámos bem, pois fomos os primeiros a chegar , após a chegada de outros clientes tornou-se complicado o acesso às mesas dos frios e dos quentes. Mesmo no final, o empregado deve-se ter apercebido de tal pois chamou a atenção da AA para o facto de que teria os cabelos sobre o prato do tomate (não deveria haver sequer a possibilidade de tal acontecer pois, para além de se deverem ter assegurado que o espaço entre a mesa e a cadeira, o que deveria ser suficiente para que tal não sucedesse, este facto é ainda agravado pelo facto de se tratar de um serviço de self-service).

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O atendimento e serviço de mesa cingiu-se ao mínimo indispensável. Levaram-nos à mesa e informaram-nos de que o brunch consistia numa mesa de frios e numa outra de quentes com ovos mexidos, bacon estaladiço, lombo assado, batatas e grelos dos quais nos poderíamos servir livremente. Deram ainda conta de que existiam também as panquecas e o caldo verde que teriam de ser pedidos à cozinha. Para acompanhar os comes, havia vinho tinto, vinho branco, sumo de mirtilos, limonada, leite e café à descrição. Começamos por experimentar o sumo de mirtilos, que se revelou bastante agradável e que passou a ser a escolha de todos para acompanhar a refeição.

Taberna do Bonjardim | O menu brunch
O menu brunch

Na mesa dos frios, havia pão, uma tábua com queijo e fiambre, uma salada com tártaro de atum, alface, tomate com uns bocados ridículos de mozzarela de bufulla, arrofadas, fruta variada (laranja, kiwi e abacaxi), compota de morango, manteiga de amendoim, mel, maple syrup e ainda uns cubinhos de brownie de chocolate. Os mais gulosos não resistiram e serviram-se do brownie logo na primeira levada. Classificaram-no como divinal e o que fizeram de melhor foi terem-no degustado logo no início pois havia pouca quantidade e foi reposto uma única vez. Eu não teria tido a oportunidade de o provar caso o RP não tivesse abdicado de um dos seus pedaços.

Pedimos quatro caldos verde e uma panqueca para todos; estivemos quase a pedir duas por pessoa mas, em conversa com o RP, pensámos que seria melhor vermos  a sua dimensão antes de nos aventurarmos. A empregada havia-nos dito que teriam o diâmetro de um prato de sobremesa, o que não se veio a verificar: eram mais pequenas.

O caldo verde foi servido numa tijela, onde sobre a base de creme de batata foram colocadas as couves, o chouriço (que apenas terá dado sabor ao caldo pois não se podia comer de tão duro que era) e o azeite cru, que na minha opinião estava em quantidade excessiva. As panquecas estavam muito boas: fofas, apesar de não muito altas, e foram servidas ainda quentes. O RP e o AV ficaram rendidos e decidiram pedir mais panquecas; foram, no entanto, informados de que teriam de as pagar à parte pois no menu apenas estaria incluída uma panqueca por pessoa (como podem constatar nas fotografias, no menu que se encontra à porta está escrito panquecaS, no plural)! Ficamos todos muito surpreendidos e chegámos mesmo a comentar que o custo de uma panqueca é ridículo, comparativamente a outros pratos aos quais tínhamos livre acesso – a Taberna do Bonjardim  só ganharia em rever esta sua postura pouco empática.

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O lombo era, na opinião da AA, um pouco seco, com o que a maior parte dos convivas concordou; já os ovos mexidos estavam muito bons, sem vestígio de secura, e o bacon bem frito, apesar de no recipiente haver gordura em excesso.

Apesar de alguns estômagos ainda não se encontrarem saciados demos a refeição por terminada pois a variedade era pouca e não nos apetecia comer mais do mesmo. Todos gostariam de ter tido acesso a um doce no final mas o brownie já havia terminado e seria a única sobremesa. O que comeriam os clientes que ainda chegavam para almoçar? Apercebi-me, ao ouvir a conversa entre a empregada e os comensais da mesa atrás de nós que, uma vez que o brownie já tinha terminado, poderiam optar por pedir uma fatia de cheesecake que seria servida directamente da cozinha. À nossa mesa não chegou a informação de qualquer tipo de opção para a sobremesa e tanto a AA como a IP ficaram com a sensação de que estariam à espera que saíssemos para reporem grande parte dos pratos pois as mesas estavam praticamente vazias e havia clientes acabados de chegar.

Decidimos pedir a conta e tomar o café noutro lado. 15€ por pessoa pareceu-nos demasiado para o que nos foi oferecido. Os outros dois carapaus que haviam experimentado recentemente o brunch do Verde Tília afirmaram não existir qualquer termo de comparação entre eles.

O convívio continuou pelas ruas da baixa que, em plena véspera de S. João, apesar de não apresentar movimentação especial, oferecia uma ou outra animação e um sol simpático, para temperar a ventania pouco agradável. Esperamos voltar aos brunches em breve e ter coisas mais simpáticas e entusiastas para dizer sobre os locais que escolhermos!

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