O Prego da Peixaria já não é novidade, sobretudo para os alfacinhas, mas os Carapaus ainda não tinham falado desta meca pioneira, numa das tendências mais activas por terras Lusas: as hamburguerias gourmet.
[adrotate banner=”11″]Diz a lenda que, neste caso, a ideia nasceu do sucesso dos pregos servidos no restaurante Sea Me na Calçada do Combro, que se define ainda como bar e peixaria. Os elogios seriam tantos que resolveram criar um conceito só para o prego, juntando familiares próximos ao menu, e surgindo assim, na Rua da Escola Politécnica, o primeiro dos 3 (brevemente 4) espaços com este nome em Lisboa.
E já que falamos em espaço, o propriamente dito faz parte (e que grande parte!) da experiência de quem visita o Prego na Peixaria. Ficámos numa das mesas colectivas à entrada, usadas para grupos ou para quem não se importa de ficar cotovelo com cotovelo, nos bancos corridos. Na outra sala, a que tem a cabine do DJ, o mural de parede e o jardim de aromáticas, há mesas pequenas. Como era cedo, não esperámos quase nada pela mesa e pouco pelo pedido, registado em impresso próprio. Pois é, desde a forma como se entrega o pedido, passando por detalhes decorativos divertidos, até às combinações inesperadas e apresentações irreverentes, a visita ao prego da peixaria é uma viagem às novas tendências na restauração, que vão muito além da comidinha. Já essa é saborosa: as chips de batata foram as primeiras a chegar à mesa e podiam ter chegado mais quentes. Comemos quase todas enquanto analisávamos os frascos de sumo de abacaxi com hortelã, e comentávamos que em nossas casas os desprezamos friamente quando entretanto chegaram os pregos e burgers.
[adrotate banner=”11″]Gostámos muito do prego clássico, foi o preferido – um bom bife do lombo, tenro, num bolo do caco suave e leve. Simples e eficiente, parecia muito e quando demos conta já tinha ido todo. O prego de atum, em bolo do caco de alfarroba, também se come num abrir e fechar de olhos e é o indicado para apreciadores. Desengane-se quem espera uma elaboração complexa, pois é de facto um simples – e delicioso – bife de atum grelhado. Na família dos burgers, o de salmão e choco foi o que gerou mais tumulto, sobretudo por ser preto, e o burger de camarão, apesar de ser o mais bonito, foi o menos surpreendente. Não houve espaço para sobremesas pois estávamos satisfeitos, se houvesse ia sair um “Dizem que é uma espécie de Arroz Doce” para a mesa 1, que ficámos logo na primeira.