Restaurante Kardoso | Carapaus de Comida

Noite fria e chuvosa. Mais tarde com nevoeiro cerrado. O local, um regresso a outros tempos, os meus, de infância e adolescência. A Rua do Bonjardim! Saudades…

Os tempos são outros, a idade também, mas o gosto pelos petiscos está cá sempre (ou não tivesse eu crescido a sentir o cheiro das famosas tripas à moda do Porto do Ginjal). E esta incursão foi um sucesso no que toca ao bem comer, ou como o Sr. Cardoso diz, e bem, aos bons comeres!

Restaurante Kardoso | A Francesinha
A Francesinha

Do lado de fora, ainda não há (mas haverá) referência ao restaurante a não ser o discreto “K” na caixa de madeira onde está o menu, do lado de fora da porta. Para quem sabe onde era a Cafetaria Xódó, no cruzamento da Rua do Bonjardim com Guedes de Azevedo, então saberá encontrar o Kardoso, porque é exactamente nesse espaço. E quem conhece o restaurante Yuko na Rua Costa Cabral, reconhecerá o cheiro da comida da Srª Yuko, que desde há cerca de 2 meses brinda os clientes do Kardoso com as suas especialidades, ao almoço e jantar de Terça-feira a Sábado.

Entrámos, referimos a reserva para 6 pessoas e sentámo-nos numa mesa um pouco mais isolada, num dos cantos da pequena sala (com capacidade para cerca de 25 pessoas), mas ideal para o repasto/convívio que se iria seguir. Era noite de futebol, o Sr. Cardoso perguntou se preferíamos uma mesa mais perto da TV, mas como a noite era para outras glórias, decidimos ficar com a mesa inicial.

O espaço é bonito e cuidado, em tons escuros, música ambiente elegante e no volume certo, e com um ou outro detalhe que dá graça ao Kardoso, como é o caso dos azulejos com uma imagem e poema que identificam a casa de banho das senhoras e dos homens: Amália Rodrigues e Fernando Pessoa, respectivamente.

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O menu tem o tamanho certo, com escolha entre sopas, entradas, tapas, sandes frias e quentes, arroz de entrecosto no forno (por encomenda) e sobremesas.

Como entradas, optámos pelo pif paf, que consiste numa dose de 4 croquetes de queijo, e por uma das sandes quentes – a Tiro certo – constituída por salsicha alemã, presunto, queijo e ketchup ligeiramente picante, dividida em 6 porções. E de facto, revelou-se uma escolha certeira para aquecer, não só os estômagos, mas as mãos (bem esfregadas de satisfação).

Ainda nas entradas, e por sugestão do Sr. Cardoso, recebemos na nossa mesa umas taças com cebola crua temperada com vinagre e vinho tinto. As mãos continuavam a aquecer! E bem íamos precisar das duas para segurar os enormes cálices de sangria que a AC, o AV, a AA e a CG pediram, recheada de fruta (até banana encontrámos), saborosa e fresquinha. Até calhou bem essa frescura, porque aproveitámos para refrescar as mãos, já que as íamos esfregar ainda muito até ao fim da refeição. A HB optou por um refrigerante e o FF, que insistia que não bebia cerveja, bebeu 4 finos, não fosse esse o acompanhamento líquido por eleição da francesinha.

Restaurante Kardoso | O brinde
O brinde

Depois do frenesim e sessão de fotografias provocados pelos copos de sangria XXL, começámos a receber com um sorriso nos lábios as restantes iguarias. Como não podia deixar de ser, o pedido tinha de incluir a francesinha da Sr.ª Yuko. Vieram então: francesinha com ovo para a HB e para o AV, e uma sem ovo para o FF, acompanhadas por batatas fritas (embora congeladas, estavam muito bem temperadas com um toque de orégãos). As AC, AA e CG escolheram as costelinhas à moda da minha mulher, acompanhadas por arroz de cogumelos. A AA pediu uma salada de alface, tomate e cebola, e uma dose de batatas fritas. O arroz foi-nos apresentado na mesa ainda no aparelho onde foi feito, como curiosidade. Uma máquina, marca japonesa, normalmente utilizada para fazer o arroz do sushi. Resultado: até a HB e o FF pediram um pratinho de arroz à parte, e tiveram a coragem de por a francesinha à espera no prato enquanto provavam o arroz, garfada após garfada, pois não era fácil largá-lo. Mas a francesinha não quis ficar a perder, e revelou-se ser fantástica. O conjunto: molho picante, presunto incluído, e as batatinhas temperadas fizeram as delícias do AV, FF e HB. Tudo óptimo, e as costelinhas? Divinais. Segredo? O tempero, claro!

Continuávamos a esfregar as mãos. E não sabemos se pelo exercício envolvido nessa actividade, se pela gula que une os Carapaus, chegámos ao fim da refeição com um desejo desconhecido. Não estava lá o Ambrósio para nos servir “algo…bom…” mas estava o Sr. Cardoso, a quem pedimos, para rematar, uma última sandes – a Pensa bem. Com salsicha branca, salpicão, queijo e de novo o ketchup ligeiramente picante. Perfeito!

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As sobremesas: pão-de-ló húmido para a CG e a HB, leite-creme queimado para a AA e o FF, um não queimado com canela à parte para mim (AC) e mousse de chocolate para o AV. Comentários? Muitos “hummm”! Sobremesas na dose certa, sabor caseiro e cuidado. As mãos já estavam a arder!

Por fim, os cafés, Nespresso (as cápsulas, à escolha do cliente, vieram à mesa na caixa típica da marca) servidos numas curiosas chávenas de loiça branca a imitar os copos de plástico (com direito ao detalhe da amassadela que normalmente os dedos mais poderosos fazem no frágil copo), e uma trufa de chocolate a acompanhar.

A conta totalizou 102,10 euros, que, a dividir por 6, resultou em cerca de 17,50 euros a cada um. Um bom preço para a satisfação que o jantar proporcionou. Saímos, no meio do nevoeiro frio, com as mãos e a alma bem quentinhas.

Tal como o Sr. Cardoso disse, a casa tem tudo para o sucesso: o espaço agradável e a boa comida da Sr.ª Yuko. Nós, pelo menos, ficámos fãs! Parabéns!

Desfrutem, está bom?!

Kardoso

Morada: Rua do Bonjardim 662, Porto
Telefone: 222 084 948 | 919 991 121
Horário: Qua a Sáb – 12h00 às 14h30 – 19h00 às 23h00 | Ter – 19h00 às 23h00
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