Em véspera de uma jantarada que reuniria a maioria dos Carapaus honorários que costumam acompanhar-nos semanalmente, foi uma incursão onde apenas o Cardume fixo compareceu – o que, em dez meses de existência (completados no passado sábado), aconteceu apenas duas vezes, facto com que nos congratulamos muitíssimo. Ainda assim, e porque se tratava de um fim de dia que marcará a história de um dos Carapaus, foi uma visita que por certo recordaremos no futuro (como todas as outras, de resto, por este ou aquele motivo).

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O restaurante A Grade, em Leça da Palmeira, estava na lista de estaminés a visitar há pelo menos mês e meio, pelo que o agendámos mal pudemos. Trata-se de um estabelecimento perto da ponte móvel, na Rua Brito Pais, em Leça da Palmeira, que anuncia como especialidades o roast beef, o polvo à lagareiro, a carne de porco à alentejana e os filetes de pescada (entre outros), o que foi o bastante para nos garantir o interesse. Não deve ser fácil estacionar por ali, em dias de afluência maior (o domingo, muito provavelmente), em que as ruas empedradas das redondezas não serão suficientes; nós lá arranjámos um buraquinho para o veículo.

A Grade | Átrio
O Átrio

O espaço surpreendeu-nos positivamente, desde logo pela decoração e conforto da sala de espera, mas também pelo tamanho: trata-se de um restaurante capaz de albergar mais de 140 comensais, nas suas duas salas, sem perder o ar acolhedor e familiar. Mais ainda: considerámos ser aquele um estaminé onde imaginamos reuniões de família aos domingos, pese embora a afluência numa quinta-feira à noite não desmerecesse o local, já que a sala de baixo (a outra estava encerrada) esteve bastante preenchida, provavelmente com umas quatro ou cinco dezenas de pessoas (quase todas entre os filetes de pescada e a carne de porco à alentejana, o que não terá sido certamente um acaso).

Começámos por uma saladinha de polvo, bem temperada (adoro as carradas de salsa e a cebola macia) e em azeite do bom, onde aproveitámos para molhar os quatro ou cinco pãezinhos frescos que embrulhámos num ai, enquanto esperávamos, ao sabor de fininhos bem tirados, pelos pratos principais. As nossas escolhas, após brevíssima negociação, recaíram sobre o roast beef à inglesa (para mim) e o bife na frigideira (para o AV), sendo que, para nos decidirmos, obrigámos uma das funcionárias que nos calharam em sorte a uma descrição exaustiva de meia dúzia de pratos – tarefa que, adiante-se, cumpriu na perfeição e sem quaisquer sinais de enfado.

A Grade | Bife na Frigideira
Bife na Frigideira

Quanto aos pratos por que optámos, aluda-se já à maravilha que são as batatas fritas às rodelas, quentes e estaladiças, com sal no ponto, que acompanharam as duas refeições (o roast beef seria servido com batata-palha, mas procederam à troca sem problemas). Para além disso, a minha vinha com legumes cozidos em quantidade substancial e o bife com ovo a cavalo, ambos regados com o mesmo molho apurado e saboroso. Já no que respeita às carnes, a verdade é que não deslumbraram: o bife era bom mas não extraordinário e a peça de rosbife, ainda que bem cozinhada (mal passada, como deve ser), possuía uns nacos nervosos, que não seriam, de todo, expectáveis. As quantidades são generosas e satisfizeram gente de estômago folgado como estes vossos criados mas, de todo o modo, ficámos com pena de não ter provados as (outras) especialidades, que voavam para as mesas vizinhas – sobretudo os filetes (para mim) e a carne a alentejana (para o AV, que coloca este prato no top dos seus preferidos).

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Quanto às sobremesas, optámos pelo bolo de chocolate (eu) e pelo bolo de bolacha (o AV), porque nos descreveram aquele como sendo húmido, com mousse, e este como sendo feito creme de manteiga (e não com natas, pudim, doce de ovos ou modernices similares). A verdade é que nenhuma nos maravilhou: o meu bolo era demasiado seco em redor, ainda que o seu interior (líquido, em jeito de petit gâteaux) fosse muitíssimo saboroso; já o bolo de bolacha era médio, apresentando-se com demasiada bolacha e pouco creme.

Contas feitas, e depois do café, ficou-nos a incursão por 25€ e, ainda que não nos tenha avassalado, recordá-la-emos como uma refeição quente e acolhedora, servida por meninas competentes e simpáticas, num dia em que chovia a potes, estava um frio cortante e uma nova etapa (das boas) se iniciava.

Que se pode desejar mais, se não a continuação de bons apetites e (re)inícios, os alicerces do que nos mantêm vivos…?

Restaurante Grade

Morada: Rua Brito Pais 217, Leça da Palmeira
Telefone: 229 955 761
Horário: Seg a Sex – 12h00 às 15h00 – 19h00 às 22h30
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