A ideia, desta feita, era irmos conhecer um novo espaço de sushi de que ouvíramos já falar muito e bem: o Mr. Binho, ali mesmo a chegar à rotunda da anémona, na Circunvalação, umas lojas antes do Mix Pão. Na verdade, o sushi em si já não era exactamente novidade para nós: quando em tempos visitámos o Medit, no Foco, o sushi-man era justamente o chef que abriu agora um estaminé em nome próprio.
Escolhemos a hora de almoço, porque era mais conveniente aos três comensais, no dia marcado, e sempre fomos conhecer uma realidade diferente daquela que nos foi relatada por quem conhece bem o restaurante (a RP e a JSS), que escolheu sempre o jantar – e, já agora, adiantamos que nessa altura há duas escolhas de menu, ao mesmo preço (pouco menos de 16€), o que parece quase cómico se acrescentarmos que uma tem peças limitadas (15) e a outra consiste no belo do festival (coma e repita as vezes que lhe der na gana). E, no entanto, tudo aponta para que a primeira opção seja a preferida da maioria, porque as peças são mais originais, enquanto que no festival é servido pouco mais do que o básico.
Mas adiante, que a nossa opção foi outra: ao almoço, por 13€ temos direito a uma bebida, entrada, dezoito peças de sushi (quente e frio) e sashimi de acordo com a inspiração do chef, café e sobremesa, tudo pela magnífica quantia de 13€. Uma vez chegados a um espaço algo escuro mas acolhedor e de contornos sóbrios, que não estava de todo cheio mas apresentava-se compostinho, fomos imediatamente sentados e servidos. Chegaram as bebidas(uma nota para o chá de gengibre, que é servido adocicado e voltou para trás e foi trocado, sem qualquer problema) e, pouco depois, a entrada: mini-crepes de legumes – que não são propriamente uma novidade mas estavam acabados de fritar e estaladiços, pelo que souberam lindamente.
Depois, a pratada de sushi e sashimi, que nos soube pela vida: o gengibre parecia ter sido mergulhado em açafrão e era gostoso e fresco, algumas peças estavam excepcionalmente boas e, no sashimi, destacou-se o peixe branco (que não identificámos) fumado. Evidentemente que todos nós acordámos na ideia de que dispensaríamos de bom grado essa praga da fruta (aqui, morangos) a macular o que não devia ser contaminado pelas “fusões”, mas enfim, a designação do restaurante não engana e sabíamos ao que íamos. Mais: as dezoito peças são absolutamente suficientes (mesmo para quem gosta muito de comer, como nós) e houve o cuidado de servir três de cada, para que todos pudéssemos degustar tudo (pode parecer evidente, mas a verdade é que nem todos os restaurantes onde já fomos têm a mesma sensibilidade).
De seguida, mais porque estava incluída no menu do que porque ainda tivéssemos um espaço no estômago, ainda fomos à sobremesa: podíamos escolher entre uma mousse de chocolate espessa e caseira e um bolo-tipo-brigadeiro, sendo que enquanto a primeira cumpria todos os requisitos, o segundo era um nadinha seco e desenxabido (deve ter sido por isso que me esqueci de o fotografar: fui a burra que optou mal).
No final, o café e a conta: 13€ redondos a cada um e a vontade de voltar, porque um Carapau regressa sempre aos sítios onde tem bons apetites (e estacionamento fácil, claro).
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