Não foi a primeira vez que nos deslocámos a Braga como Carapaus de Comida; em comum, dois factores: a companhia das manas AC e SC e o gosto pela descoberta de novos sabores, um nadinha mais a Norte. Lá rumámos, via A3, tendo como destino a Rua do Taxa, onde se situava o nosso primeiro destino, a Taberna Inglesa – um dos estaminés preferidos das nossas anfitriãs, na cidade onde vivem.

Bife à Mordomo | Taberna Inglesa
Bife à Mordomo

A Taberna Inglesa é um bar/restaurante/cervejaria, com mais de uma vintena de anos de história, que se caracteriza por uma decoração arraçada de british (há pormenores deliciosos, como os relógios por todo o lado, ou a entrada para as casas de banho), patente desde logo no bar, com mesas assistidas por sofás corridos e aspecto acolhedor. Trata-se de um espaço capaz de albergar 120 pessoas, divididas entre a sala principal e uma outra, destinada a fumadores – mas, nesta noite, e apesar de compostinho, o restaurante estava longe de estar cheio. Ainda assim, reservámos mesa, não fora o diabo tecê-las.

[adrotate banner=”11″]

Uma vez sentados, a escolha da paparoca foi conduzida pelos conselhos da AC e da SC, que conhecem a ementa como a palma das suas mãos: seria de bife da vazia que se faria o nosso jantar (a opção de preço médio, sendo que há ainda bife de vitela, mais barato, e do lombo, mais caro). As manas optaram por Bife Diana, o AV foi para o Bife à Taberna e eu optei por um Bife à Mordomo; para beber, sangria tinta para todos (preterimos, por isso, a branca e a de champanhe). O serviço do empregado que nos acompanhou a refeição foi sempre eficiente e seguro, simpático sem ser meloso e, por isso, ideal.

Enquanto aguardávamos, foi-nos servido o couvert (tostas caseiras e pão branco quente mas não acabado de fazer, a acompanhar manteigas de pacote) e um pratinho com quatro chamuças e outros tantos croquetes – sendo que ambos estavam deliciosos, sobretudo a chamuça, a puxar a bebida fresquinha. Entre conversa a pôr em dia e as primeiras impressões sobre o espaço e as entradas, tenho a sensação de que os bifes vieram num instante: todos servidos bem quentes, o ponto a corresponder às nossas especificidades (três mal passados, um muitíssimo bem passado) e os olhos a desejar que tudo arrefecesse um nadinha mais depressa. E foram os mesmos olhos que notaram aquela que foi a primeira (e única, adianto) desilusão da noite: as batatas eram das pré-fritas, algo que nenhum dos Carapaus acata com satisfação. Já os legumes, também eles dos congelados, não me desagradam em nada: estavam bem cozidos e eram saborosos, só se denotando que a sua origem era um pacote pela forma – nada tenho contra o processo de congelação, muito pelo contrário.

Mas adiante: o bife Diana é servido com molho de natas e cogumelos (só com legumes para a SC, com legumes e arroz para a AC), apuradinho, muitíssimo saboroso; o bife à Taberna vem em prato de barro a escaldar, com molhaca a rodos onde boiavam as batatas (ai que pena não serem caseiras) e o bife à Mordomo com alho picadinho e duas gambas descascadas a encimá-lo. Tudo bom, tudo deglutidinho até ao fim.

[adrotate banner=”11″]

O tamanho dos bifes não é descomunal (esqueçam tudo o que sabem sobre o Meia Banana, por exemplo) mas é quantidade suficiente para acalmar apetites comuns – e nós fazíamos questão de guardar espaço para o que sabíamos que aí viria, pelo que nos apressámos a pedir a conta (20€ redondos por estômago) e a rumar à nossa segunda paragem: a Spirito Cupcakes & Coffee, conhecidíssima das manas e, por via delas, por nós também, já que fomos presenteados com dois cupcakes no dia em que comemorámos o nosso primeiro ano enquanto Cardume, na Cabana da Apúlia. Por outro lado, como diariamente babamos com as maravilhas que a Spirito divulga no Facebook, não poderíamos perder a oportunidade da visita, o que só aconteceu porque há umas semanas a gelataria adoptou o horário de Verão, que se estende até à meia noite (no Inverno, às 20h temos a chafarica fechada), com direito a uma esplanada, que estava a abarrotar de gente, mesmo já perto da hora de fecho.

Spirito | Cupcake e Gelado
Cupcake e Gelado

Como estávamos indecisos entre os gelados, artesanais, confeccionados pelo casal proprietário da Spirito, e os cupcakes que sabemos divinais, eu e o AV não fomos de modas: um copo de três bolas de gelado e um cupcake para cada um, faixabores, que a malta não é de cá e precisa de matar desejos. A AC optou pelo gelado e a SC por um cupcake de M&Ms, que também convenceu o AV. O meu era de Red Velvet e o gelado de Cookies, Malteasers e Cheesecake; já o Vicente correu tudo a chocolate e pronto.

E que dizer deste espaço onde fomos encerrar a incursão? Tudo de bom. Mesmo TUDO de bom. Os gelados sabem aos que se fazem em casa (mas por quem tem mão para a coisa), são baratíssimos (1€, uma bola; 2,70€ três) e têm sabores extraordinários que se alteram todos os dias; os cupcakes, mesmo àquela hora, pareciam acabados de fazer e na esplanada, mesmo numa noite frescota, estava-se muitíssimo bem – e estar-se-ia durante muito mais tempo, que todo é pouco para pôr a conversa em dia, mas os afazeres profissionais de todos pesaram-nos a consciência e demos a noite por terminada.

Não será, aposto, por muito tempo: se há coisa que temos em comum com a AC e a SC é o prazer dos bons apetites.
Por isso, até já, manas.

Não Se Esqueçam de Deixar os Vossos Comentários
E vocês, já experimentaram a Taberna Inglesa? Deixem-nos os vossos comentários no fundo da página. Obrigado!

Similar Posts

One Comment

Comments are closed.